Sintra: Sindicato quer que Câmara trave despedimento de 200 trabalhadores
O Sindicato de Hotelaria do Sul instou hoje a Câmara de Sintra a travar o despedimento de 200 trabalhadores da empresa ICA, que presta serviço nos refeitórios escolares do concelho, mas a autarquia diz nada poder fazer.
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País Despedimento
Em declarações à agência Lusa, Luís Trindade, dirigente do Sindicato de Hotelaria do Sul, referiu que a empresa ICA (Indústria e Comercio Alimentar, S.A.) decidiu despedir 200 trabalhadores que tinham um contrato por tempo indeterminado, sem justificação.
"Nós consideramos que este despedimento é ilegal, uma vez que não houve qualquer suspensão ou denúncia no contrato de prestação de serviço que tinha sido assinado entre a Câmara de Sintra e a ICA", argumentou.
Uma vez que não houve uma denúncia do contrato, o sindicalista considera que a autarquia deve exigir à empresa que reintegre os trabalhadores que despediu, apelando à sensibilidade para os tempos atuais.
"Temos casos de pessoas que trabalham para a ICA há mais de 15 anos. Nesta altura em que vivemos isto é vergonhoso. A câmara tem de pedir esclarecimentos e não pode ficar indiferente", apelou.
Relativamente aos trabalhadores, que começaram a ser notificados no passado dia 17, Luís Trindade referiu que estes estão a ser aconselhados a impugnar esta decisão de despedimento.
Por seu turno, em declarações à Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta, afirmou que a autarquia "nada tem a ver com a decisão da empresa".
"A Câmara não pode exigir nada. A empresa, com certeza, está com dificuldades e está a dispensar os trabalhadores, mas isto não é só em Sintra", sublinhou.
O autarca do distrito de Lisboa ressalvou que a empresa está a garantir as refeições que são necessárias no momento e que a autarquia apenas paga por aquelas que "são, efetivamente, confecionadas".
Segundo dados da autarquia, neste momento estão a ser servidas diariamente nos refeitórios escolares duas mil refeições, sendo que antes do surto da covid-19 eram servidas 17 mil.
A Lusa tentou contactar a empresa ICA, para obter um esclarecimento, mas tal não foi possível.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, surgiu em dezembro do ano passado na China e já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil.
Segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, já se registaram em Portugal 140 mortes e 6.408 casos de infeções por covid-19.
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