A Direção-Geral da Saúde (DGS) recorreu ao Facebook para deixar mais recomendações aos portugueses nesta altura de isolamento social devido à Covid-19. Desta feita, o alerta é sobre a saúde mental, com especial enfoque para as crianças e os jovens. "Cuide de si, cuide de todos", lembra a autoridade da Saúde.
A publicação da DGS começa por falar acerca das crianças até aos três anos que "não têm a capacidade de entender o que se passa à escala dos adultos e reagem ao stress sobretudo através do corpo e do comportamento", ou seja, dificuldades alimentares, choro e birras.
Já as crianças dos quatro aos seis anos "têm tendência para tentar compreender as causas do stress de forma mágica, com recurso ao exagero, à imaginação e à repetição, uma vez que a fantasia é protetora em relação a uma realidade com a qual não conseguem lidar".
Na faixa etária dos 7 aos 12 anos, a Direção-Geral da Saúde sublinha que as crianças "são orientadas pela noção de justiça, dotadas de uma compreensão mais racional e operatória do mundo". Deste modo, as preocupações "podem traduzir-se em distração, dificuldade de concentração, irritabilidade, sentimento de culpa ou comportamentos agressivos".
Se tem crianças pequenas, é importante falar com elas "colocando-se ao seu nível para as olhar nos olhos". Deve usar palavras simples e um tom calmo e seguro. Mantenha as rotinas para lhes transmitir uma sensação de segurança.
Na adolescência os conselhos são outros. "A autonomia conquista-se por ensaio e erro e pelo teste aos modelos e dos limites", frisa a DGS, acrescentando que "as suas novas competências cognitivas permitem-lhes pensar sobre o mundo e as relações".
Como tal, deve seguir três conselhos: "Observe com o seu filho regras de limites de privacidade e de partilha", "apesar do isolamento garanta que o seu filho possa manter contacto com os amigos à distância mas com privacidade" e "seja firme, determinado mas compreensivo na afirmação e aplicação das medidas de proteção e flexível na reflexão sobre as mesmas".
Leia Também: DGS defende critérios "mais estritos" de internamento de doentes mentais
