Num projeto de resolução hoje entregue no parlamento, o PEV refere que "muitas pessoas, mesmo sem a recomendação expressa das autoridades de saúde, optaram logo por usar máscara protetora e luvas" no início da pandemia - prática entretanto recomendada pela Direção-Geral da Saúde, tendo em conta as indicações da Organização Mundial de Saúde e que é complementar à lavagem das mãos ou ao distanciamento social.
"O problema foi que muitas pessoas, de forma inaceitável, começaram a deitar as máscaras e as luvas descartáveis para o chão. Outras pessoas, por desconhecimento, entenderam, que pela composição do material, era correto depositá-lo no depósito de resíduos destinado ao plástico e embalagens", frisa aquele partido.
Contudo, sublinha, a recomendação é que "esse material seja colocado num saco e que este saco seja depositado no contentor destinado a resíduos indiferenciados".
Para o PEV é "visível que essa recomendação não está a chegar de forma massiva e intensa à generalidade da população". Por essa razão, recomenda ao governo que promova uma campanha eficaz de informação, "sob pena de se estar a acrescentar um problema (resíduos) a outro problema (pandemia)".
A 13 de abril, a Direção-Geral da Saúde admitiu o uso de máscaras por todas as pessoas que permaneçam em espaços interiores fechados com várias pessoas, como medida de proteção adicional ao distanciamento social, à higiene das mãos e à etiqueta respiratória.
A ministra da saúde, Marta Temido, declarou que as máscaras não cirúrgicas podem ser utilizadas pela população em espaços fechados e com elevado número de pessoas, como supermercados e transportes públicos.
No dia seguinte, o Ministério da Saúde reiterou que as máscaras e outro material de proteção contra a pandemia de covid-19 devem ser deitados no lixo comum e nunca nos ecopontos de reciclagem.
Portugal contabiliza 948 mortos associados à covid-19 em 24.322 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia divulgado hoje.