O pedido é feito pelo Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup), que hoje enviou ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) e ao parlamento uma proposta de legislação a pedir o prolongamento por mais 90 dias dos prazos dos contratos a termo dos docentes e investigadores do Ensino Superior.
Em comunicado, o SNESup lembra que a maioria destes contratos está prestes a terminar e, caso não sejam prolongados, o normal funcionamento das instituições poderá ser prejudicado.
"Tendo em conta que muitos dos contratos dos professores terminam em junho, apesar de existirem necessidades letivas e as sérias dificuldades e atrasos na política de contratualização do emprego científico, o SNESup salienta que tanto a investigação como a realização de provas e de exames só vão poder funcionar em modo presencial caso estes contratos sejam prolongados", alerta.
Por isso, o sindicato acredita que com a proposta de alteração à lei que propõem, que implica o prolongamento dos prazos dos contratos, "será possível resolver alguns problemas graves de falhas de pessoal que se tornam iminentes".
Além da proposta de prolongamento dos prazos, o sindicato pediu também uma audiência ao Governo e à Comissão Parlamentar de Educação e Ciência para apresentar a situação do setor.
No comunicado, o sindicado recorda o "esforço e o voluntarismo dos docentes e investigadores na adaptação à distância e ao teletrabalho, bem como a um esforço redobrado para acudir a diversas respostas sociais, as quais foram dadas em condições psicológicas e familiares de grande dificuldade".
Para o SNESup era importante que o esforço e voluntarismo de todos fossem agora "reconhecidos nas condições de trabalho, mais ainda perante docentes e investigadores que se encontram em situação de precariedade".