De acordo com o líder da comunidade islâmica de Lisboa, este domingo à noite chegaram à mesquita entre 12 a 15 migrantes que regressaram a Lisboa depois de terem estado vários dias no Campo Militar de Santa Margarida, em Constância.
"Eles não têm sintomas, mas estão positivos (...) e ficarão [na mesquita] até fazerem testes", disse David Munir.
Questionado pela agência Lusa, o xeque não soube explicar porque é que estes migrantes não entraram mais cedo nas instalações da mesquita, uma vez que, cerca das 21:00, estiveram à porta do edifício, dentro de uma viatura dos bombeiros e acompanhados por vários elementos da PSP, como testemunhou a Lusa no local.
A Lusa tentou, sem sucesso, obter mais esclarecimentos por parte do vereador do Desporto, Higiene Urbana e Proteção Civil da câmara de Lisboa, Carlos Castro.
Durante a tarde de domingo, a delegada de Saúde Pública do Agrupamento de Centros de Saúde do Médio Tejo (Santarém), Maria dos Anjos Esperança, disse à agência Lusa que os migrantes que estavam instalados no Campo Militar de Santa Margarida iriam regressar este domingo a Lisboa.
A responsável dava conta que os 32 migrantes infetados com o novo coronavírus fizeram testes e que os resultados este domingo conhecidos indicavam que entre eles havia casos negativos, pessoas não infetadas, mas também casos que se mantêm positivos à doença.
Também o presidente da Comissão Distrital da Proteção Civil de Santarém, Miguel Borges, tinha adiantado à Lusa que os migrantes que ainda estão infetados iriam para a Mesquita de Lisboa, ao passo que os outros seriam transportados para "diferentes locais definidos pelo Alto Comissariado para as Migrações".