Ouvido na comissão parlamentar de Defesa Nacional, o vice-almirante Luís Carlos de Sousa Pereira disse estar surpreendido com o debate em torno desta época balnear, como se parecesse que "vai haver um incumprimento generalizado [das regras] e que todos os facínoras vão para a praia".
"Penso que não é isso que teremos", afirmou o diretor-geral da Autoridade Marítima e Comandante-geral da PM em resposta ao deputado do PCP António Filipe, que o questionou sobre a ação que a Polícia Marítima terá em articulação com os fuzileiros, da Marinha, que não terão funções de manutenção da ordem pública.
O almirante Sousa Pereira afirmou que, com os fuzileiros mais acometidos a funções de aconselhamento aos banhistas, para "situações mais complicadas" atuará a PM, que estará "liberta para o que deve fazer uma polícia".
O comandante da Polícia Marítima avançou que, este ano, o dispositivo de forças "na linha da frente" para a época balnear, a começar em junho, será 743 elementos -- 432 da PM, 122 tripulantes de salva-vidas e 169 militares da Marinha (fuzileiros).