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Homem acusado de matar freira fica em silêncio no tribunal

O homem suspeito de ter violado e matado uma freira em São João da Madeira em setembro de 2019 remeteu-se hoje ao silêncio na primeira sessão do julgamento, que começou no Tribunal da Feira, informou fonte judicial.

Homem acusado de matar freira fica em silêncio no tribunal
Notícias ao Minuto

13:23 - 15/06/20 por Lusa

País São João da Madeira

O coletivo de juízes determinou que o julgamento se realizasse à porta fechada, com exclusão de publicidade, por estarem em causa crimes contra a liberdade e autodeterminação sexual.

O homem, de 44 anos, está acusado dos crimes de homicídio qualificado, violação, profanação de cadáver e detenção de arma proibida.

O arguido, que se encontra em prisão preventiva, responde ainda no mesmo processo pelos crimes de rapto, roubo e violação na forma tentada de que foi vítima uma jovem em agosto de 2018, no mesmo concelho.

De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), o arguido encontrou a freira ao início da manhã do dia 08 de setembro de 2019, em São João da Madeira, no distrito de Aveiro, tendo-a convencido a dar-lhe boleia até casa de automóvel, a pretexto de que se encontrava alcoolizado.

"Já em casa, impediu a vítima de abandonar o local agarrando-a pelo pescoço com um dos braços e socando-a na face e cabeça quando a mesma procurou resistir-lhe", refere a acusação.

De seguida, com a vítima inconsciente, o arguido terá despido a freira, mantendo com ela relações sexuais durante cerca de três horas, vindo a vítima, que se manteve sempre inanimada, a morrer.

O MP refere ainda que parte do referido trato sexual foi mantido pelo arguido quando a vítima se encontrava já morta.

O segundo caso ocorreu no dia 14 de agosto de 2019, pela 01:30, em São João da Madeira, quando o arguido perseguiu uma mulher que seguia apeada em direção a casa, depois de sair do trabalho.

A dado passo, o suspeito correu na direção da vítima e agarrou-a por trás, com um braço à volta do pescoço, forçando-a a entregar-lhe o telemóvel e arrastou-a na direção de um parque, com o intuito de a forçar a manter relacionamento sexual.

"O arguido, porém, não logrou estes intentos por ter surgido um veículo automóvel e os ocupantes, estranhando o que sucedia, interpelarem o arguido, aproveitando a vítima, momentaneamente liberta da ação daquele, para gritar por socorro", refere a acusação do MP.

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