"Recebemos várias fontes de denúncias, quer através do posto local, como no departamento do Ambiente da GNR e através de 'e-mail', desta fonte de poluição, ou seja, a barragem estava a ter uma tonalidade da água bastante acentuada de escuro", contou à agência Lusa o relações públicas do Comando Territorial de Viseu.
Adriano Resende esclareceu que, perante as denúncias, e em coordenação com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), as autoridades deslocaram-se ao local para, "de imediato, perceber o porquê da tonalidade da água e da espuma toda".
"Na realidade, conseguimos chegar ontem à fonte de poluição e levantámos o necessário auto de contraordenação ambiental muito grave que agora vai ser tramitado, ver o porquê de ter havido esta poluição e em pormenor a causa", precisou Adriano Resende.
Sem adiantar qual a fonte de poluição e a sua entidade gestora, o responsável limitou-se a dizer que o rio tinha "uma grande acumulação de espumas escuras e mortalidade significativa de peixes, a jusante da Barragem das Caínhas" que se situa na fronteira dos municípios de Oliveira de Frades e Vouzela, no distrito de Viseu.
"Os militares da Guarda, numa operação conjunta com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), detetaram um ponto de rejeição de águas residuais para o leito do rio Alfusqueiro e a fonte do mesmo, apurando que não estava a ser feita de forma regulamentar", disse.
No entender do Núcleo de Proteção Ambiental (NPA) de Viseu da GNR, a poluição no rio Alfusqueiro "colocou em causa a fauna piscícola ali existente e as zonas de lazer a jusante da barragem".
Adriano Resende esclareceu ainda que "a APA há de pronunciar-se sobre essa decisão, tal como a entidade gestora da fonte dos resíduos que entraram na linha de água e que, eventualmente não teve o cuidado de evitar".
"O processo depois seguirá e, eventualmente, a entidade gestora pagará o que lhe for aplicado", acrescentou este responsável.