Na passada quinta-feira, dois italianos, com 61 e 59 anos, foram detidos pela Polícia Judiciária na marina do Funchal, na ilha da Madeira, com 326 kg de cocaína no interior do veleiro ‘Goldmund’.
Sabe-se agora que um dos suspeitos, Guido Consigli, é um velho conhecido da polícia italiana. De acordo com o jornal Il Secolo XIX, o velejador, de 61 anos, foi investigado e até condenado por estar ligado ao desaparecimento da condessa Fancesca Vacca Agusta, que morreu em janeiro de 2001, ao cair de um penhasco da vila Altachiara, em Portofino, depois de consumir cocaína.
Segundo a publicação italiana, Guido foi um dos arguidos a ir a julgamento por implicação neste fatídico dia e ficou mesmo provado que a herdeira do poderoso fabricante italiano de helicópteros Agusta comprou a droga no seu bar, em Nervi. Contudo, após ser condenado a um ano e quatro meses de prisão efetiva, o arguido foi absolvido nas instâncias de recurso.
Ao que tudo indica, o genovês continua com o bar aberto, mas nos últimos dois anos andou a navegar pela costa do continente americano. Passou por Miami, St Marteen e Rio de Janeiro.
Aliás, revela o Il Secolo XIX, que foi mesmo na América do Sul, que os suspeitos, que se encontram agora em prisão preventiva na Madeira, carregaram a cocaína, suficiente para cerca de 3 milhões de doses individuais e avaliada em 15 milhões de euros.
Quando embarcaram do outro lado do Atlântico, de regresso a Itália, já com o veleiro carregado, conta o mesmo jornal, os italianos não previam parar no arquipélago da Madeira. No entanto, uma avaria obrigou-os a atracar e acabou por os tramar.
Já sobre o outro suspeito, Claudio Paradisi, de 59 anos, pouco se sabe. Apenas que apesar de viver em Génova, o registo do seu nascimento foi feito em Roma.