Aberto inquérito a juiz apontado por prostituta no Parlamento
A PGR confirma ao Notícias ao Minuto a "instauração de inquérito" que "teve origem em participação provinda da Assembleia da República".
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País Justiça
O juiz Joaquim Manuel Silva, colocado no Juízo de Família e Menores do Tribunal de Mafra, foi apontado por Ana Loureiro, proprietária da casa de prostituição, no Parlamento, por, alegadamente, ter recebido serviços sexuais enquanto visualizava vídeos de crianças a descreverem abusos sexuais sofridos, avança a TVI.
De acordo com a televisão de Queluz, o referido juiz ganhou destaque "com posições públicas sobre a defesa dos superiores interesses das crianças em casos de regulação do poder parental", em debates televisivos.
Segundo o presidente da Associação Sindical dos Juízes, que esteve na quinta-feira num programa da TVI, onde o assunto foi discutido, o magistrado visado ligou-lhe e negou as acusações de que é alvo.
Já esta sexta-feira, o JN noticia que foi aberto um inquérito ao magistrado, informação confirmada pela Procuradoria-Geral da República ao Notícias ao Minuto. "Confirma-se a instauração de inquérito que corre termos na Procuradoria-Geral Regional de Lisboa e que teve origem em participação provinda da Assembleia da República", explicou a PGR.
De lembrar que Ana Loureiro, uma mulher que gere a casa de alterne 'Espaço Lisboa', lançou uma petição pública, em novembro deste ano, dirigida à Assembleia da República, a defender a "Legalização da Prostituição em Portugal e/ou Despenalização de Lenocínio, desde que este não seja por coação".
Conheça aqui as medidas propostas no documento
Em janeiro deste ano, foi entrevistada no programa das tardes da TVI, 'A Tarde é Sua', com Ana Loureiro a contar a sua história conturbada marcada por um divórcio, um cancro e as sérias dificuldades na criação de dois filhos. Foi na prostituição, profissão que defende acerrimamente, que a antiga auxiliar administrativa encontrou a luz ao fundo do túnel.
Ana Loureiro abriu a sua própria casa de prostituição e é atualmente proprietária do 'Espaço Lisboa'. Tem sido também uma das vozes mais ativas na luta pela legalização da atividade.
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