Ministério Público investiga milhões de euros doados à bebé Matilde
"Encontra-se em investigação e sujeito a segredo de justiça", confirmou a Procuradoria-Geral da República ao Notícias ao Minuto.
© Reprodução Facebook / Matilde, uma Bebé Especial
País Bebé Matilde
Os milhões de euros doados a Matilde, para ajudar a pagar o tratamento da bebé, estão sob investigação, avançou, esta quinta-feira, o Correio da Manhã e confirmou a Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Notícias ao Minuto.
"Confirma-se a existência de inquérito que corre termos no DIAP de Lisboa. Encontra-se em investigação e sujeito a segredo de justiça", informou a PGR.
De recordar que a bebé que sofre de atrofia muscular espinhal tipo 1, gerou uma onda de solidariedade no país. Matilde tinha apenas dois meses de vida quando os pais deram a conhecer ao país o diagnóstico da bebé, cuja única esperança residia no "medicamento mais caro do mundo", o Zolgensma.
A história tocou de tal forma os portugueses que foi possível angariar os 2,5 milhões de euros necessários para comprar o medicamento. No entanto, o Estado decidiu que comparticiparia o Zolgensma, não só para a pequena Matilde como a outras crianças com a mesma doença e com critérios para seguir com aquela terapia.
Existindo este apoio do Estado, a questão que passou a estar em cima da mesa foi: o que aconteceria aos 2,5 milhões de euros angariados? Os pais da bebé deram uma conferência de imprensa, em agosto do ano passado, onde garantiram total "transparência" na gestão dos donativos angariados na onda de solidariedade e que o dinheiro seria usado para ajudar outras crianças.
Depois de o valor pretendido ter sido atingido, "não conseguimos ficar parados", contou a mãe da bebé, na altura, explicando que, apesar de o principal foco ser a Matilde, iniciaram contactos com outros pais de crianças com a mesma patologia. "Para nós, a coisa menos importante é o dinheiro. Não estamos preocupados com o dinheiro. O importante é ver uma criança a sorrir e dar alento aos pais", garantiu o pai.
Posteriormente, no Facebook, os pais de Matilde escreveram publicações em que davam conta dos nomes das crianças que tinham já ajudado.
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