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Colégios preparados para ano letivo vão aplicar medidas com "bom senso"

Os colégios dizem estar a aplicar escrupulosamente as indicações da Direção-Geral da Saúde (DGS) para o reinício das aulas em setembro, sublinhando que tem de haver "bom senso" no momento de tomar medidas.

Colégios preparados para ano letivo vão aplicar medidas com "bom senso"
Notícias ao Minuto

15:45 - 18/08/20 por Lusa

País Escolas

"Está a haver um cumprimento escrupuloso das normas da DGS para o próximo ano letivo", garantiu Rodrigo Queiroz e Melo, diretor da Associação dos Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo (AEEP).

A obrigatoriedade do uso de máscaras e a higienização das mãos e espaços comuns são "pontos fundamentais da luta contra a covid-19", que no passado ano letivo obrigou ao encerramento de todas as escolas e à consequente substituição das aulas presenciais pelo ensino à distância.

Além das normas gerais, cada direção escolar está a pôr em prática as medidas concretas que considera serem mais eficazes, mas Rodrigo Queiroz e Melo alertou que é preciso "bom senso".

Entre as medidas pensadas estão a hipótese de desfasar os horários de entrada e saída dos alunos, criar circuitos mais fechados de circulação dentro das instalações e até suspender as competições desportivas e culturais.

A redução do tempo dos intervalos é outra das opções em cima da mesa, mas Rodrigo Queiroz e Melo reconhece que poderá trazer desvantagens para a concentração e relações sociais entre alunos.

"Tem de haver bom senso e ser razoável no momento de tomar medidas, não podemos sacrificar a saúde de uma geração. Muitos alunos vêm todos juntos no autocarro e depois quando chegam ao colégio dizemos que não se podem tocar. Assim como também não nos podemos esquecer que há muitos alunos com irmãos no colégio", exemplificou.

A possibilidade de desdobrar as turmas parece não estar entre os planos dos colégios. Rodrigo Queiroz e Melo explicou que não existe espaço físico para ter o dobro das turmas nem professores. 

No que toca às refeições, alguns estabelecimentos de ensino privado instalaram estruturas de PVC entre as mesas das cantinas para continuarem a receber os alunos, sendo que as refeições serão circunscritas para diferentes níveis de ensino.

O representante dos estabelecimentos de ensino privado lembrou ainda que "até ao momento não há nenhuma evidência (prova) de que as escolas sejam um problema".

No entanto se a situação pandémica se agravar, o ensino deixará de ser presencial, passando a misto ou mesmo à distância, à semelhança do que está previsto para as escolas públicas.

Por enquanto, "o ano está preparado para ser presencial e vai começar com toda a serenidade", afirmou, garantindo que as escolas já têm os seus planos de contingência que serão do conhecimento dos encarregados de educação. 

As aulas começam entre os dias 14 e 17 de setembro e será o regresso ao ensino presencial, depois de no passado ano letivo o Governo ter decidido encerrar todas as escolas para conter a disseminação da covid-19.

Em meados de março, os alunos foram para casa e o ensino passou a ser feito à distância.

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