No conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros extraordinário, que decorreu desde o final da tarde de sábado até perto da meia-noite, e que concretizou as medidas que vão vigorar no período de estado de emergência entre 09 de novembro e 23 de novembro, o primeiro-ministro, António Costa, apresentou dados que revelam que é o contexto familiar e de coabitação o principal responsável pelos contágios pelo novo coronavírus.
O contexto laboral é responsável por 12% dos casos, seguindo-se os lares, com 8% dos casos de contágio.
O contexto escolar e o contexto social, representam, cada um, uma percentagem de 3% dos casos de infeção.
A percentagem mais reduzida identificada diz respeito aos serviços de saúde, com 1% dos casos.
O Governo reuniu-se no sábado à noite em Conselho de Ministros extraordinário para concretizar as medidas que vão enquadrar o estado de emergência decretado na sexta-feira pelo Presidente da República.
As medidas foram decididas no dia em que Portugal voltou a atingir um novo máximo de casos diários de covid-19 ao contabilizar mais 6.640 infeções nas últimas 24 horas, e registou 56 óbitos no mesmo período, segundo a Direção-Geral da Saúde.
O estado de emergência, que nunca tinha sido aplicado em Portugal em democracia, esteve em vigor entre 19 de março e 02 de maio, com duas renovações consecutivas, por um total de 45 dias.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos em mais de 49,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo.
Em Portugal, morreram 2.848 pessoas dos 173.540 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.