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Azeredo Lopes diz que nunca se encontrou com diretor da PJ Militar

Ex-ministro da Defesa compareceu hoje no Tribunal de Santarém. Afirmou nem ter o número do coronel Luís Vieira.

Azeredo Lopes diz que nunca se encontrou com diretor da PJ Militar
Notícias ao Minuto

14:35 - 17/11/20 por Notícias Ao Minuto com Lusa

País Tancos

Azeredo Lopes diz que nunca se encontrou com diretor da PJ Militar, avança a TVI24. O ex-ministro da Defesa compareceu esta terça-feira no Tribunal de Santarém no âmbito de uma sessão de julgamento relativo ao caso Tancos e afirmou nem ter o número do coronel Luís Vieira.

Azeredo Lopes responde no processo por denegação de justiça e prevaricação, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder e denegação de justiça, tendo o ex-ministro já considerado que a imputação é "eminentemente política" e que não há provas contra ele.

No passado dia 5, noutra sessão de julgamento, o arguido João Paulino, mentor confesso do furto de material militar dos paióis de Tancos, insistiu que apenas conheceu duas pessoas da GNR - os arguido Lima Santos e Bruno Ataíde - com quem negociou a entrega do material militar e a quem divulgou o local.

"Li muitas histórias mal contadas. Eu não fiz nenhuma denuncia anónima, eu não sou um informador. Eu contei onde tinha colocado o material, que coloquei no local com ajuda de outra pessoa, para o irem lá buscar", afirmou, a propósito da forma como foi divulgada pela Polícia Judiciária Militar a recuperação do armamento.

Recorde-se que o caso Tancos teve repercussões políticas, nomeadamente com a saída de Azeredo Lopes, a seu pedido, e também no Exército, e conta com 23 arguidos, uns acusados do furto das armas, em junho de 2017, e outros de terem participado na encenação que envolveu a recuperação das mesmas na Chamusca, quatro meses depois.

Entre os arguidos está também o diretor nacional da Polícia Judiciária Militar (PJM) à data dos factos, Luís Vieira, o ex-porta-voz da PJM Vasco Brazão e o ex-fuzileiro João Paulino. Os crimes em julgamento vão desde terrorismo, associação criminosa, denegação de justiça e prevaricação, falsificação de documentos, a tráfico de influência, abuso de poder, recetação e detenção de arma proibida.

O caso do furto das armas foi divulgado pelo Exército em 29 de junho de 2017, com a indicação de que ocorrera no dia anterior, tendo a alegada recuperação do material de guerra furtado ocorrido na região da Chamusca, Santarém, em outubro de 2017, numa operação que envolveu a PJM, em colaboração com elementos da GNR de Loulé.

[Notícia atualizada às 14h45]

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