Madeira já sinalizou 43 cadeias de transmissão e admite dificuldades

A Madeira já sinalizou 43 cadeias de transmissão local de covid-19, mas as autoridades estão a ter "cada vez mais dificuldade" em estabelecer a ligação epidemiologia ao nível dos novos infetados, indicou hoje o secretário regional da Saúde.

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Lusa
24/11/2020 19:05 ‧ 24/11/2020 por Lusa

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Covid-19

 

"A propagação do vírus, felizmente, ainda está em condições de ser controlada, mas o número de casos está a aumentar, era expectável", disse Pedro Ramos na Comissão Parlamentar de Saúde e Assuntos Sociais, no âmbito de uma audição sobre a reorganização do setor da saúde perante o impacto da covid-19, requerida pelo PSD, o partido da maioria.

O governante sublinhou que as autoridades ainda não perderam o "paciente zero" ao nível das cadeias de transmissão, mas admitiu que a situação poderá mudar face ao aumento da capacidade de testagem, que passou de 50 testes por dia no início da pandemia para 2.000 atualmente.

"Reconheço que estamos a ter cada vez mais dificuldade para estabelecer o 'link' epidemiológico, mas até agora todas as cadeias de transmissão ativas - e já temos 43 cadeias de transmissão desde o dia em que começamos a seguir o primeiro caso - estão a ser acompanhadas", esclareceu.

Pedro Ramos explicou, por outro lado, que a reorganização do setor da saúde implicou um investimento de 30 milhões de euros em recursos humanos em 2020, estando previstos mais 11 milhões para 2021.

O secretário regional do Governo de coligação PSD/CDS-PP indicou também que o Serviço de Saúde da Madeira (Sesaram) dispõe de um total de 108 ventiladores e que afetou 134 camas para utentes infetados pelo novo coronavírus, mas atualmente estão internados apenas quatro, um dos quais nos cuidados intensivos.

Pedro Ramos realçou que na primeira fase de contenção da pandemia, entre março e junho, o arquipélago registou apenas 92 casos positivos, mas na sequência do desconfinamento o número subiu para 691, dos quais 166 estão ativos, havendo também a assinalar dois óbitos.

Entre julho e novembro entraram na região cerca de 250 mil visitantes, número idêntico ao dos habitantes no arquipélago, sendo uma grande parte proveniente de zonas ou países com transmissão comunitária ativa: 40 mil do Reino Unido, 27 mil da Alemanha e 26 mil de Portugal continental.

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