Este ano (não) foi só Covid. Recorde os temas mais lidos de País em 2020

Se tivéssemos de resumir o ano 2020 em apenas uma palavra seria 'coronavírus'. Contudo, nem só sobre pandemia se escreveu durante o ano. Em 12 meses couberam milhares de notícias que chegou agora a hora de recordar. Estas foram as que tiveram mais destaque no nosso país.

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Catarina Correia Rocha, Filipa Matias Pereira e Natacha Nunes Costa
31/12/2020 08:00 ‧ 31/12/2020 por Catarina Correia Rocha, Filipa Matias Pereira e Natacha Nunes Costa

País

2020 em revista

Tem a ideia de que o ano de 2020 foi apenas janeiro, fevereiro, Covid-19 e dezembro? Não é o único e não deixa de ter razão. No entanto, apesar de a maioria dos dias dos últimos 12 meses ter sido preenchida pela pandemia, houve outros temas em destaque, nos níveis político, económico, nacional e internacional.

Ao longo dos próximos parágrafos vamos recordar consigo as notícias mais lidas de 2020 na secção de país. Fique com a viagem pelos 366 dias - sim, foi bissexto - que passaram:

O início da pandemia, (ainda) longe de sabermos o que nos esperava

Tal como em 2019, em janeiro de 2020, os nossos leitores premiaram-nos com o maior dos presentes. Notícias ao Minuto foi eleito 'Escolha do Consumidor 2020', na categoria de Imprensa Online - pelo quarto ano consecutivo! - e essa foi a notícia mais vista do primeiro mês do ano. Desde já, o nosso muito obrigada pelo voto de confiança!

Também em janeiro começava a antever-se o que iria acontecer ao longo do ano. Surgia o primeiro caso suspeito de Covid-19 em Portugal, quando ainda pouco sabíamos sobre a doença.

O primeiro mês de 2020 ficou ainda marcado pela morte do gestor de conta de Isabel dos Santos que, em outubro, viria a perder também o marido, Sindika Dokolo.

A marcar não só janeiro como todo o ano e a dividir a opinião pública esteve o julgamento de Rui Pinto, arguido do processo Football Leaks. Se há quem peça a condenação do hacker, outros defendem que "os fins justificam os meios", como foi o caso de Miguel Sousa Tavares ao afirmar que o hacker "devia estar a dirigir investigações na PJ e ser condecorado".

fevereiro trouxe o caso de Ângela, uma jovem do Porto que quer engravidar do marido morto. Durante meses debateu-se a legalização da inseminação pós-morte em Portugal e, já em outubro, a procriação medicamente assistida post mortem foi aprovada no Parlamento. Apesar deste tema marcante, a notícia mais vista do segundo mês de 2020 foi outra: "Tirou carta antes de 2 de janeiro de 2013? Não a deixe caducar".

A 2 de março, o coronavírus entrava, oficialmente, no nosso dia a dia. Neste mês tão atípico, em que o teletrabalho se transformou na nossa rotina, tornou-se imperativo ficar em casa e as crianças começaram a aprender através da televisão. O 'top' das notícias mais lidas não poderia deixar de estar relacionado com a pandemia. Primeiro, com a foto de um profissional de saúde a confortar outro, no Curry Cabral, e, depois, com os elogios ao combate de Portugal contra a Covid-19, em detrimento dos restantes países europeus.

Contudo, foi a morte do diretor clínico do IPO de Lisboa a notícia mais vista de março, na secção de País, pelos leitores do Notícias ao Minuto.

Em abril, começaram surgir as primeiras 'luzes ao fundo do túnel' com António Costa a anunciar a reabertura do comércio. No entanto, a notícia mais lida do mês deixava um alerta no ar, o Financial Times anunciava que Portugal estava "entre os países onde número de mortes 'não bate certo'".

Valentina e Beatriz. Duas meninas que morreram às mãos de quem as devia amar

Chegamos a maio, o mês em que morreu a pequena Valentina. A criança foi inicialmente dada como desaparecida pelo pai, que reportou o caso à GNR de Peniche. Mas, depois de cerca de três dias de intensas buscas, o corpo da menina foi encontrado numa mata na Serra D'el Rei, no concelho de Peniche, coberto por arbustos.

A PJ de Leiria acabou por deter o pai e a madrasta, que foram acusados pelo Ministério Público de homicídio. E terá sido uma ida do casal à lavandaria que levantou suspeitas. Sandro e Márcia colocaram a roupa da menina assassinada a lavar numa empresa da especialidade. No regresso a casa, foram apanhados sem documentos, numa operação stop da GNR.

O mês ficou ainda marcado por mais uma morte, a da jovem Beatriz Lebre, na sequência do que as autoridades acreditam ter sido um crime motivado por ciúmes. A história trágica começou a escrever-se quando a mãe da estudante universitária deu o alerta para o desaparecimento da filha. Rúben Couto, namorado de Beatriz, acabou por confessar o crime e assumiu que atirou o corpo ao rio Tejo, junto a Santa Apolónia, depois de ter agredido a vítima com um bastão.

Já em junho, a notícia mais lida relata a morte do primeiro profissional de saúde com Covid-19 em Portugal. O especialista de Medicina Geral e Familiar, que colaborava com a equipa de gastrenteorologia do Hospital Curry Cabral, tinha 68 anos e morreu no hospital de São José, em Lisboa, onde estava internado devido a uma infeção pelo novo coronavírus.

O ano de 2020 trouxe também desenvolvimentos no caso de Madeleine McCann. Neste mês, a imprensa britânica revelou que uma chamada de 20 minutos de Christian Brueckner - suspeito do rapto - poderá ajudar a resolver o mistério em torno do desaparecimento da menina. Entre avanços e recuos, as autoridades ainda não encerraram o caso e há meios de comunicação que defendem que as autoridades terão chegado a um impasse.

Em julho, o caso de Beatriz Lebre voltou a ser notícia, já que Rúben Couto, o homicida confesso, foi encontrado morto na cela do Estabelecimento Prisional de Lisboa. Paula Lebre, mãe de Beatriz emocionou o país ao dar condolências à família do jovem que matou a sua filha.

Agosto trouxe a morte da primeira criança com Covid-19 em Portugal. Uma bebé de quatro meses, que tinha uma cardiopatia congénita, estava internada no Centro Hospitalar de Lisboa Central e terá sido infetada através da família.

A Covid, as medidas e os concelhos. (Mais) meses em Emergência

Os últimos quatro meses do ano ficaram (também) inevitavelmente marcados pela Covid-19 e pelos sucessivos Estados de Emergência – e Calamidade – decretados por Marcelo Rebelo de Sousa e aprovados pela Assembleia da República. As declarações de António Costa após as reuniões do Conselho de Ministros, onde sucessivamente se revelaram aos portugueses as medidas que estariam em vigor nos 15 dias seguintes, foram ‘imagem de marca’ do final do ano e também das notícias que mais leitores interessaram.

Setembro foi o mês em que o Infarmed ordenou a retirada do mercado das máscaras cirúrgicas OrbitPlatform por não cumprirem todos os requisitos legais. A par desta notícia, os portugueses também se quiseram manter informados sobre um dos mais frequentes equipamentos de proteção individual usados, as máscaras descartáveis, sabendo quando as deviam substituir, de acordo com a Direção-Geral de Saúde (DGS).

As regras que entraram em vigor no dia 15 foram outra das notícias mais lidas no Notícias ao Minuto, assim como um casamento que a Guarda Nacional Republicana (GNR) interrompeu em Moura, por se encontrarem na celebração "cerca de 300 pessoas", desrespeitando as regras em vigor para o combate à pandemia da Covid-19.

Outubro trouxe um aviso da GNR sobre qual o documento que é obrigatório ter no para-brisas do seu carro. Numa publicação colocada no Facebook, a referida autoridade apontou que o dístico do seguro de responsabilidade civil é obrigatório, recordando ainda aos condutores que "a comprovação da realização da inspeção periódica passou a ser efetuada unicamente através da ficha de inspeção do veículo".

O novo coronavírus esteve também 'presente' na atualidade mensal, com o destaque a ir para o médico Gustavo Carona, intensivista do Hospital Pedro Hispano, que recusou ir ao programa de televisão 'Dia de Cristina': "Tenho todo o interesse em informar as pessoas sobre a minha visão da Medicina, do desafio que estamos a passar, sendo que não estou minimamente interessado em contribuir para telenovelas", justificou.

Já a "evolução grave" da Covid-19 levou o Executivo de António Costa a aprovar, no dia 14, novas (e mais rigorosas) medidas para os 15 dias que se seguiram. O Estado de Calamidade decretado trouxe outras regras em vigor para todo o território nacional que, à semelhança do que ocorreu com anúncios passados, levaram centenas de milhar de portugueses a quererem saber o que poderiam fazer – cumprindo as regras - no futuro próximo.

Em novembro, o ‘quadro’ manteve-se. A Covid-19 continuou na ordem do dia e as notícias em que mais portugueses depositaram o seu interesse estiveram relacionadas com a pandemia. Os "quatro direitos que o Estado de Emergência pode limitar" foi a peça mais lida do mês, sendo, contudo, seguida de perto por outra sobre a condução e o Código da Estrada: "Vêm aí alterações. Saiba o que vai mudar".

O mês passado foi também aquele em que os médicos lançaram uma petição dirigida aos portugueses onde pediram ajuda dos cidadãos para superar a crise sanitária. No documento, apelam para que todos usem "corretamente" máscara de proteção individual, respeitem o distanciamento social, não toquem com as mãos na cara e que, este ano, as famílias fiquem cada uma em sua casa no Natal, para que, no próximo ano, possam estar novamente juntas.

Com a aproximação do inverno, e como não podia deixar de ser, surgiu também em destaque uma das notícias a que, habitualmente, costumamos dar atenção: a meteorologia. Se é verdade que dá jeito até para saber quando podemos estender a roupa, mais de 190 mil pessoas quiseram informar-se acerca da chuva que regressou a todo o país e que "trouxe ‘companhia’".

O último mês do ano, mesmo antes da chegada de 2021 que desejamos que nos traga um futuro melhor com mais esperança e soluções para superar a Covid-19 – como o Plano de Vacinação já apresentado -, foi também o que viu mais um Estado de Emergência a ser aprovado, do dia 9 até ao 23. Desta feita, foram 113 concelhos de Portugal Continental com regras mais ‘apertadas’ por apresentarem um risco de transmissão do novo coronavírus muito elevado ou extremamente elevado. Em foco pela negativa esteve ainda a primeira morte relacionada com a Covid-19 na faixa etária dos 10 às 19 anos no nosso país, uma mulher, no Norte do país – a zona mais afetada de Portugal pela pandemia, tanto em número de casos como de óbitos.

O acidente na Autoestrada 1 (A1) que cortou a via entre Santarém e o Cartaxo foi outra das notícias mais lidas este mês. Deste resultaram um morto e três feridos que, posteriormente, se veio a saber serem Sara Carreira, filha do cantor Tony Carreira, e Ivo Lucas, a fadista Cristina Branco e a filha, respetivamente.

Por fim, uma informação que, além de ser uma das mais lidas do mês é fundamental para os dias 1, 2 e 3 que se aproximam a passos largos: Conheça aqui (todas) as medidas em vigor no Natal e Ano Novo.

Desejamos um Feliz Ano Novo em segurança!

Recorde as notícias mais lidas de 2020:

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