De acordo com a mais recente atualização do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), foram identificados 72 casos da nova variante do SARS-CoV-2, originalmente encontrada no Reino Unido.

Até à data, refere o INSA, foram analisadas 2342 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em 69 laboratórios, hospitais e instituições, representando 199 concelhos de Portugal.

"Nesta nova atualização, foram inseridas mais 55 sequências com o objetivo de pesquisar a presença da nova variante recentemente identificada no Reino Unido em amostras suspeitas, incluindo amostras associadas a casos positivos de Covid-19 com historial de viagem e amostras com falha de deteção do gene S nos testes de diagnóstico de RT-PCR", pode ler-se. Informa também o relatório que "entre as novas sequências, destacam-se 38 novas sequências da nova variante, as quais são referentes a amostras colhidas nos aeroportos de Lisboa (8) e Porto (11) e a amostras provenientes de todas as regiões de Saúde do país, à exceção da Região Autónoma da Madeira".

Os 72 casos até agora identificados em Portugal distribuem-se pelas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores e por 10 distritos de Portugal continental, num total de 28 concelhos, detalha ainda o INSA.

Esta terça-feira, o investigador João Paulo Gomes afirmou que o peso da variante do Reino Unido do SARS-Cov-2 em Portugal "ainda é modesto", mas é preciso "ter cautela" e parar a sua disseminação, porque está a acompanhar a mesma linha de tendência.

Devido ao agravamento da pandemia, o país vai voltar apertar as medidas restritivas entrando amanhã num novo confinamento geral (semelhante ao de março e abril, aquando da primeira vaga). O Parlamento discute e vota esta quarta-feira o próximo Estado de Emergência.

Depois disso, o Governo vai reunir-se em Conselho de Ministros para decidir e aprovar as medidas. Persiste a dúvida sobre o que fará o Executivo em relação às escolas, ponto em que os especialistas não manifestaram consenso na reunião de ontem no Infarmed. A decisão de manter as escolas abertas ou não será, portanto, política.

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