Fecho de escolas, tribunais e não só serão reavaliados dentro de 15 dias

O primeiro-ministro afirmou hoje que todo o quadro de medidas "suplementares" de combate à covid-19 hoje adotadas, em que se destaca a suspensão da atividade letiva, será reavaliado pelo Governo dentro de 15 dias.

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Lusa
21/01/2021 15:21 ‧ 21/01/2021 por Lusa

País

Covid-19

Este calendário foi transmitido por António Costa, em conferência de imprensa, em São Bento, no final da reunião do Conselho de Ministros que, pela segunda vez esta semana, agravou as medidas de confinamento geral para o combate à epidemia de covid-19 em Portugal.

"Todas as medidas têm um prazo de vigência de 15 dias, embora, na próxima semana, haja uma reavaliação do estado de emergência, que termina [dia 30]. Estas medidas serão reavaliadas dentro de 15 dias e diariamente iremos acompanhar a evolução da chamada estirpe britânica em termos de prevalência na sociedade" declarou.

Perante os jornalistas, António Costa salientou que a intenção do Governo é que a interrupção da atividade letiva "seja de curta duração e que tenha a sua devida compensação no calendário escolar, seja no Carnaval ou na Páscoa, ou na interrupção de Verão".

"Para a próxima quinzena, há uma suspensão da atividade letiva, o que dará tempo para se mediar e evolução da situação epidemiológica e para analisar como este período pode ser compensado mais à frente", disse.

Questionado se a suspensão da atividade letiva se poderá prolongar por mais dos 15 dias previstos, sobretudo, caso a situação epidemiológica do país não registe uma evolução positiva, o líder do executivo alegou que o seu Governo toma as medidas "em função dos dados que existem e não dos dados que existiram ou que se imagina que venham a existir".

"Na semana passada, os dados apontavam para uma prevalência reduzida da estirpe britânica na sociedade portuguesa, mas observou-se que, no espaço de uma semana, se registou um crescimento muito significativo. Esta semana tivemos assim de adotar as medidas que se impõem para travar um crescimento com esta dinâmica. Importava evitar que, para a semana, o país estivesse numa situação ainda pior", justificou.

Em relação às consequências sociais das medidas agora adotadas, o primeiro-ministro advertiu que a interrupção da atividade letiva "é profundamente danosa para o processo de desenvolvimento das crianças e para o processo de aprendizagem, porque, ao contrário de outras atividades, não é suscetível de compensação".

"Não há dinheiro que pague o dano que esta medida causa no processo de desenvolvimento de uma criança, ou na perturbação do seu processo de aprendizagem. Se isto já foi mau no ano letivo anterior, dois anos letivos sucessivos com problemas provocados por interrupções no processo de aprendizagem tem danos muito acrescidos", acentuou.

Por causa desses danos, de acordo com António Costa, o Governo "procurou até ao limite evitar estas medidas".

Na conferência de imprensa, o líder do executivo reiterou também a tese do Governo de que "as escolas não foram um foco de infeção" desde o início do presente ano letivo.

"Esta interrupção é resultado de uma alteração do vírus. Apesar de os especialistas dizerem que, aparentemente, este vírus não afeta mais a saúde do que os outros, indicam também que parece ter maior carga viral e possui uma maior velocidade de transmissão. Portanto, o risco de espalhar este vírus aumentou muito significativamente", apontou.

[Notícia em atualização]

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