Habituada a estar isolada nos seus 17,11 quilómetros quadrados, a população da ilha do Corvo, a mais pequena dos Açores, conseguiu manter o novo coronavírus afastado durante 10 meses, enquanto todo o restante território nacional lutava contra uma pandemia.
Contudo, esta segunda-feira, um residente da ilha, que foi testado no rastreio obrigatório realizado ao sexto dia a todos os passageiros que chegam de fora do arquipélago ou da ilha de São Miguel, teve resultado positivo para a Covid-19.
Rapidamente as autoridades de saúde atuaram para rastrear todos os contactos de risco e pediram confinamento à população. Os resultados obtidos foram todos negativos.
No entanto, esta terça-feira, dia 26 de janeiro, através de um comunicado, a Autoridade Regional de Saúde anunciou ter detetado um caso de Covid-19 na Horta (ilha do Faial) num passageiro oriundo da ilha do Corvo.
As autoridades de saúde não esclarecem se este caso está relacionado com o primeiro, mas reforçaram a recomendação de confinamento por parte de toda a população do Corvo, enquanto decorrer a testagem aos contactos próximos deste caso positivo e até serem conhecidos os resultados.
No seguimento deste apelo, a Autoridade Regional de Saúde pede ainda o cumprimento “das medidas básicas de segurança, como uso de máscara, distanciamento físico e desinfeção das mãos”, assim como que “não aconteçam ajuntamentos na via pública, nem nas habitações de cada um”.
De forma a “que a testagem alargada à população da ilha possa ocorrer de forma mais célere”, o Governo vai enviar dois enfermeiros.
Recorde-se que a ilha do Corvo tem cerca de 460 habitantes e não tem hospital. Apenas tem um médico no Centro de Saúde.
Os Açores contam hoje com 506 casos positivos ativos, sendo 460 em São Miguel, 32 na Terceira, 10 no Faial, dois no Pico, um nas Flores e um no Corvo.
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