A petição que manifesta a "revolta dos cabeleireiros", lançada por Vânia de Oliveira, gerente de um espaço em Braga, e que pede a reabertura dos estabelecimentos por marcação, ultrapassou as 2.500 assinaturas necessárias e deu entrada na Assembleia da República. A empresária espera conseguir chegar às 7.500.
Vânia de Oliveira "mal atingiu as 2.500 assinaturas, submeteu à AR a petição pública que continua em curso" e que conta, neste momento, com mais de 4 mil assinaturas, é referido num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
Neste, a cabeleireira afirma ainda que a "revolta está cada vez mais crescente, dado que as estações televisivas continuam a prestar serviços desta índole e os cabeleireiros têm, por imposição legislativa, que ter a atividade encerrada (onde se inserem as domiciliações)".
"Estou a fazer isto por todos, desde ginásios, bares, discotecas, restaurantes, organizadores de evento, profissionais liberais, prestadores de serviços de todos os sectores, daqueles que estão fechados", acrescenta Vânia de Oliveira.
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De lembrar que a gerente decidiu processar o Estado, considerando que não há igualdade no âmbito das restrições impostas para controlar a pandemia. Vânia Oliveira sentiu "revolta" quando viu uma "figura pública a receber tratamentos de cabeleireiro". A ação que visa a proteção de direitos, liberdades e garantias, deu entrada no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga.
Embora reconheça que “o cenário é assustador ao nível da saúde pública" e que deve haver "restrições", Vânia pede que “haja igualdade, proporcionalidade". "Se não é possível prestar serviços de cabeleireiro, então ninguém os pode prestar. Além disso, tem que haver igualdade no tratamento dos vários setores, até porque existem exceções na lei que estão com possibilidade de abertura, são focos grandes de contágio, mas não foram obrigados a encerrar", destacou.
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