No total, esta autarquia do distrito do Porto disponibilizou 800 computadores portáteis aos agrupamentos escolares, no primeiro e segundo confinamentos, que levou os alunos a ter aulas à distância devido ao encerramento das escolas.
A estes computadores somam-se ainda 800 tablets, 530 routers de internet e 430 cartões de dados móveis, num investimento que ascende aos 772 mil euros, referiu a autarquia, num esclarecimento enviado à Lusa.
As necessidades dos alunos, tanto de equipamentos informáticos como de acesso à rede de internet, foram identificadas pelas direções dos agrupamentos escolares e, posteriormente, comunicadas à autarquia, explicou o município.
"Sabemos que as alturas de crise acentuam as desigualdades e não queremos que em Matosinhos nenhum estudante fique para trás por falta de recursos financeiros", afirmou a presidente da câmara, Luísa Salgueiro, citada na informação remetida à Lusa.
Os alunos do 1.º ao 12.º ano retomaram hoje as atividades letivas, mas longe das escolas, regressando das férias antecipadas para o já conhecido ensino a distância que marcou o final do ano letivo passado.
No total, são cerca de 1,2 milhões de alunos que voltam a ser obrigados a trocar, por tempo indefinido, as salas de aula pelas suas casas, quase um ano depois de, em março, o Governo ter encerrado as escolas e implementado o ensino a distância para conter a pandemia de covid-19.
O ensino a distância durará pelo menos duas semanas, mas o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, assegurou que a prioridade do Governo é abrir as escolas o mais rapidamente possível, uma decisão que dependerá da evolução da pandemia de covid-19.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.316.812 mortos no mundo, resultantes de mais de 106 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 14.354 pessoas dos 767.919 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.