GNR com suspensão temporária de 41 postos de atendimento em 5 distritos
A GNR suspendeu temporariamente o funcionamento de 41 postos territoriais de atendimento reduzido (PAR) em cinco distritos do país, para alocar mais militares para a reposição do controlo de fronteiras, no âmbito do combate à covid-19.
© GNR de Mangualde
País Pandemia da Covid-19
Em resposta a questões enviadas pela agência Lusa, por correio eletrónico, o Comando-Geral da GNR explicou hoje que existem no país 86 PAR "com um atendimento ao público assegurado, regra geral, no horário entre as 09:00 e as 17:00", com um efetivo que varia "até 12 militares por posto".
Destes, "41 estão temporariamente suspensos e localizam-se nos distritos de Braga, Castelo Branco, Évora, Guarda e Portalegre", indicou a mesma fonte, embora não tenha fornecido dados, solicitados pela Lusa, sobre o número de postos de atendimento encerrados temporariamente em cada distrito.
Segundo a GNR, trata-se de uma "medida temporária" e de "caráter dinâmico", ou seja, "de acordo com a evolução das circunstâncias em cada momento", mas o patrulhamento nas áreas destes 41 PAR "encontra-se garantido", tal como "o apoio às populações".
Esta "suspensão temporária da atividade de alguns postos territoriais, os quais já funcionavam em Regime de Atendimento Reduzido, teve como pressuposto as circunstâncias particulares e excecionais que o país atravessa, em especial a reposição do controlo de fronteiras terrestres".
Uma tarefa que conta com o "forte empenhamento da Guarda Nacional Republicana", frisou a força de segurança.
Foi considerado "operacionalmente vantajoso adotar esta medida temporária, a qual permite alocar um maior número de militares para o serviço operacional, nomeadamente para o controlo da fronteira terrestre".
Mas a suspensão temporária "apenas vigorará enquanto se afigurar absolutamente necessário", sendo retomada a "situação de normalidade logo que possível", pode ler-se nos esclarecimentos enviado à Lusa.
Questionado recentemente sobre esta questão, quando esteve em Évora, na quinta-feira passada, o comandante-geral da GNR, o tenente-general Rui Clero, reconheceu que "a exigência do controlo de fronteiras 24 horas por dia veio também trazer uma exigência maior" e a Guarda procurou "adaptar os recursos disponíveis para melhor" responder a essa missão.
"Enquanto durar a questão do controlo de fronteiras, vamos ter esses postos de atendimento reduzido temporariamente encerrados, mas é uma situação que será revertida e que voltará à situação anterior logo que existam condições", afiançou.
Para procurar tranquilizar as populações nessas áreas, o comandante-geral lembrou que "há um número de telefone para onde podem ligar" e, no caso de qualquer ocorrência, "é deslocada uma patrulha" e "o policiamento continua a ser garantido".
Em Portugal, morreram 15.411 pessoas dos 787.059 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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