Falando à margem de uma conferência sobre alterações climáticas realizada no âmbito da presidência portuguesa da União Europeia, João Pedro Matos Fernandes afirmou que tem havido "um empenhamento muito grande" entre as três entidades para se aproximarem essas posições, que ainda são diferentes "em alguns vetores".
"No próximo dia 09 de março haverá uma reunião política que vai ser muito relevante para identificar o que ainda nos divide, e será a partir também dessa altura que, enquanto presidente do Conselho de Ambiente, passarei a ter uma intervenção mais ativa", indicou.
"É fundamental aprovarmos a lei do clima este semestre, e se é verdade que existem posições em que existe alguma diferenças entre, por um lado Conselho e Comissão, e por outro, Parlamento, é também verdade que começa a haver alguma aproximação das posições, mas não em todos os seus vetores", admitiu.
Matos Fernandes apelou para que todos se aproximem nas negociações e que "ninguém queira ficar com o ónus da culpa de a lei do clima não ter sido aprovada".
"Enquanto presidente do Conselho garanto que tudo farei para que nunca fique do nosso lado essa responsabilidade. Os eleitores europeus, que tanto são dos governos como do Parlamento Europeu, não nos perdoarão se chegarmos ao fim de junho sem a lei do clima aprovada", declarou.
A aprovação dessa lei é fundamental para a União Europeia assumir a neutralidade carbónica em 2050, referiu.
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