Meco: "Magistrados não podem influenciar-se pelos pais"
A Procuradora da República, Joana Marques Vidal, respondeu esta noite, na RTP 1, às acusações do antigo procurador Pinto Monteiro que criticou, esta semana, o tempo que se perdeu enquanto não se deu início à investigação do caso do Meco.
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País Marques Vidal
Na sua primeira entrevista desde que assumiu o cargo de Procuradora Geral da República, Joana Marques Vidal abordou a tragédia do Meco, fazendo referência ao papel dos pais no processo e ao facto das praxes não poderem ser generalizadas como um crime.
A Procuradora explicou que o inquérito à tragédia foi aberto no dia em que ocorreu o incidente e que não se teve conhecimento do mesmo porque este foi aberto na comarca da Sesimbra. Além disso, explicou, o procurador local decidiu avocar o processo tendo definido que este ficaria sob a competência de uma equipa mista da polícia marítima e jurídica.
“O Ministério Público entrou no processo logo no início. O processo não esteve parado”, justificou, referindo mais tarde que não iria "comentar comentários de ex-procuradores”.
Tratando-se de um processo que se encontra em segredo de justiça, a procuradora recusou-se a responder a várias questões sobre o caso, por estar impedida de o fazer, mas revelou que “os comunicados têm saído e temos informado aquilo que consideramos que é possível tendo em conta a natureza do processo. Os jornalistas e a imprensa têm a liberdade de fazer reportagens mas eu não me posso pronunciar sobre processos que estão em segredo de justiça e não vou comentar”.
Questionada sobre a influência que a pressão dos familiares das vitimas pode ter neste processo, Joana Marques Vidal recordou que embora os pais possam ter um papel importante na investigação, nenhum magistrado pode deixar-se influenciar por qualquer tipo de pressão.
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