O relatório anual da APAV referente a 2020, divulgado hoje, dá conta de "13.093 vítimas diretas, tendo estas sido alvo de mais de 19.000 crimes e outras formas de violência" ao longo do último ano.
Dessas vítimas, 12,4% são pessoas idosas, a maior percentagem de sempre desde a criação da associação em 1990.
Apesar de se registarem mais 12,1% de vítimas no geral do que em 2019, o aumento chega a 21,8% nas pessoas com mais de 65 anos, faixa etária em que se contabiliza 1624 vítimas.
As estatísticas referentes a 2020 indicam ainda que 72% das vítimas idosas são mulheres com uma idade média de 76 anos, a maioria dos autores dos crimes são os filhos ou os cônjuges, a que correspondem a 33,8% e 22,7%, respetivamente. Do sexo masculino 15,3% das vítimas são pessoas idosas.
Já os autores dos crimes com mais de 65 anos equivalem apenas a 4,8% do total. Dos 13.133 autores denunciados, "65% eram do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 35 e os 54 anos", conclui o relatório.
Estes dados apresentam uma cobertura de 94% do território nacional, uma vez que "dos 308 municípios existentes em Portugal, a APAV chegou a 290 através do apoio prestado às vítimas diretas", afirma-se no relatório.
Na última newsletter do projeto "Violência contra as Mulheres e Violência Doméstica em Tempos de Pandemia" da APAV, a associação registava também que 11,8% dos pedidos de ajuda de violência contra as mulheres reportados durante o primeiro confinamento, entre 22 de março e 03 de maio de 2020, eram de violência contra as pessoas idosas.
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