Portugal quer estratégia das alterações climáticas aprovada em junho
O ministro do Ambiente e Ação Climática defendeu hoje que Portugal "quer muito", enquanto presidente do Conselho da União Europeia, que a estratégia europeia para a adaptação às alterações climáticas seja aprovada em junho.
© Lusa
País Presidência/UE
O desejo de João Pedro Matos Fernandes, de que a estratégia seja aprovada durante a presidência portuguesa, foi hoje manifestado numa conferência de imprensa que se seguiu a uma reunião informal e virtual dos ministros da União Europeia responsáveis pelo Ambiente.
O ministro lembrou que em fevereiro passado foi apresentada pela Comissão Europeia uma estratégia para a adaptação às alterações climáticas.
A nova estratégia, com base numa de 2013, reforça a planificação da adaptação às alterações climáticas, aumentando as avaliações dos riscos climáticos e acelerando as medidas de adaptação.
Segundo a Comissão Europeia, as perdas económicas decorrentes de fenómenos climáticos extremos, que se estão a tornar cada vez mais frequentes, têm vindo a aumentar e na União Europeia estas perdas são já, em média, superiores a 12 mil milhões de euros por ano.
Na conferência de imprensa de hoje o ministro recordou que o Acordo de Paris sobre o clima tem em conta a mitigação e a adaptação às alterações climáticas, tendo sido esta o tema da reunião informal de hoje.
"Falámos de adaptação, e dentro da adaptação falamos essencialmente de dois temas, da água e do seu uso", disse, acrescentando que são cada vez mais os países da Europa que já sentem a água como um recurso escasso.
A água como um recurso escasso "é sobretudo um problema dos países do sul da Europa, mas já não e só um problema desses países", disse.
Virginijus Sinkevicius, comissário Europeu para o Ambiente, Oceanos e Pescas, que participou igualmente na conferência de imprensa, alertou também para o facto de o uso da água já não ser apenas um tópico dos países do sul e para a necessidade de adaptação a essa realidade, promovendo a coordenação entre os vários usos da água, sempre no respeito pelo Pacto Ecológico Europeu.
De acordo com João Pedro Matos Fernandes os ministros falaram ainda da "missão internacional que a estratégia de adaptação tem de ter", porque em muitos países de outros continentes há "muito para fazer neste domínio da adaptação".
Nesta matéria, salientou, a Europa tem de olhar "para fora de si própria" e "trabalhar com todo o mundo" na mitigação e adaptação às alterações climáticas.
Questionado pelos jornalistas, o ministro disse também que a Lei europeia do Clima, aprovada esta semana, tem de ser confirmada, mas que os textos estão "99% encerrados".
"Não antevemos por razão alguma qualquer dificuldade na sua aprovação final, podemos dizer que a lei está aprovada", sendo que a confirmação disso mesmo acontecerá em breve, disse o ministro.
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