"Começa pela responsabilidade individual", afirmou o padre Manuel Barbosa, defendendo que as autoridades "têm de zelar para que isso aconteça" e que "não seja com repressão".
O porta-voz falava numa conferência de imprensa, em Fátima, distrito de Santarém, após a reunião do Conselho Permanente da CEP, ao ser questionado sobre os acontecimentos de terça-feira à noite, quando o Sporting se sagrou campeão da I Liga de futebol.
Antes, o também secretário da CEP considerou que "se ontem [terça-feira] aconteceu alguma coisa diferente (...) foi porque não se seguiram as orientações da Direção-Geral da Saúde e das autoridades", garantindo que nas celebrações religiosas "as normas têm sido observadas e não tem havido casos de surtos motivados pelas celebrações na Igreja".
Adeptos do Sporting e elementos das forças de segurança entraram na terça-feira em confronto nas imediações do Estádio José Alvalade, em Lisboa, quando o jogo entre Sporting e Boavista, para a 32.ª jornada da I Liga de futebol, se encontrava no intervalo.
Além destes acontecimentos, milhares de pessoas, muitas sem máscaras, festejaram em Lisboa na noite de terça-feira e madrugada de hoje, primeiro junto ao Estádio do clube e depois no junto ao Marquês de Pombal, a conquista pelo Sporting da I Liga portuguesa de futebol.
O ano passado, devido à pandemia de covid-19, esta peregrinação realizou-se sem fiéis, o que aconteceu pela primeira vez na história do templo. Já na peregrinação de outubro não foi atingido o limite de 6.000 pessoas que tinha sido estipulado.
Questionado se há alguma perspetiva de as medidas nas missas poderem ser aliviadas, o porta-voz da CEP disse esperar que tal suceda, mas desconhece quando.
"Se houver um desconfinamento geral, nas celebrações já não será necessário esse distanciamento", declarou, reconhecendo que a situação da pandemia está a evoluir favoravelmente, mas desconhece-se o que se seguirá, pelo que é preciso cautela e responsabilidade.
Sobre o limite de 7.500 pessoas nas celebrações da peregrinação internacional de maio ao Santuário de Fátima, que hoje começa, o porta-voz da CEP referiu que, "porventura, o recinto até poderia ter muito mais gente com todas as condições de segurança".
"Mas esse número que está estabelecido é esse número que o santuário vai observar", garantiu.
Leia Também: Celebrações de Fátima prejudicadas pelo recolher obrigatório em Paris