A Guarda Nacional Republicana (GNR) de Lisboa, no âmbito da operação Crash, deteve cinco pessoas com idades compreendidas entre os 23 e os 57 anos, que estão acusados de simulação de acidentes de viação, roubo e dano, nas zonas de Loures e de Lisboa.
Os militares da força de segurança apuraram que os suspeitos escolhiam as vítimas em estacionamentos de superfícies comerciais, normalmente condutores mais velhos, e, quando estes saíam dos carros, eram abordados. Os suspeitos acusavam-nos de terem batido nas suas viaturas enquanto estacionavam.
Durante a conversa, os suspeitos simulavam ainda chamadas telefónicas para oficinas, com falsos orçamentos de 300 a 400 euros, para o suposto arranjo da viatura, levando as vítimas a entregarem-lhes esse dinheiro para reparar os danos.
Na sequência da investigação, foi dado cumprimento a 12 mandados de busca, seis domiciliárias e seis em veículos, o que permitiu apreender sete veículos, cinco televisões, um anel de ouro, uma pulseira de ouro, 5.770 euros e diversos documentos relacionados com a atividade ilícita.
Os detidos foram presentes, no dia 11 de maio, ao Tribunal Judicial de Santarém, onde foi decretada prisão preventiva para dois dos suspeitos. Aos restantes foi aplicada a medida de coação de apresentações periódicas em posto policial.
A GNR recorda, em nota enviada às redações, que os "burlões são homens e mulheres bem vestidos, bem falantes, com voz calma e afável, com uma conversa convincente e cativante que levam as pessoas a fazer aquilo que não querem". Os burlões, por vezes, fazem-se ainda "passar por funcionários de várias empresas/instituições, nomeadamente, da segurança social, da EDP, de companhias de telecomunicações e funcionários da Câmara Municipal".
Por isso, caso desconfie de algo, deve ligar imediatamente para a GNR.
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