A UE não só deve "atender aos constrangimentos" das Regiões Ultraperiféricas (RUP), como também deve procurar "valorizar as suas potencialidades", defendeu o governante, apontando para o crescimento da importância da "economia do espaço, da economia do mar e da economia verde".
Enquanto presidente da Conferência dos Presidentes das RUP, José Manuel Bolieiro assegurou que irá sensibilizar a UE para a importância destas regiões no contexto europeu e no âmbito das políticas comuns, "que devem naturalmente atender às especificidades" das RUP.
"A participação das RUP [nesta reunião] é a forma de nos fazermos ouvir, reclamando atenção especial para os constrangimentos, proclamando oportunidades para o potencial que estas regiões marítimas têm para o contexto da Europa no planeta", vincou, em declarações aos jornalistas à entrada para a reunião informal dos ministros dos Assuntos Europeus, a decorrer em Coimbra.
A comissária europeia para a Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, também sublinhou a importância das RUP, onde vivem cinco milhões de pessoas, para um "futuro mais coeso" da UE, ideia expressa igualmente pela secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias, que sublinhou a relevância de "integrar" estas regiões na visão do bloco europeu para o futuro.
A UE inclui nove Regiões Ultraperiféricas: os Açores, a Madeira e a Guiana Francesa, Guadalupe, Martinica, Maiote, Reunião e São Martinho (França), e ilhas Canárias (Espanha).
Os ministros dos Assuntos Europeus debatem hoje o papel das RUP na UE enquanto "laboratórios para o futuro", que permitam 'aprender lições' com projetos em áreas como "sustentabilidade", "transição digital" e "juventude".
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