Pornografia infantil. Já há tantas detenções este ano como em 2020 todo
Polícia Judiciária alerta para o aliciamento de menores nos jogos online, designadamente Fortnite, Roblox e Free Fire.
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País Abuso de menores
Só nos primeiros cinco meses deste ano, já foram efetuadas tantas detenções por pornografia de menores na internet como em todo o ano passado, anunciou esta quarta-feira o diretor nacional adjunto da Polícia Judiciária (PJ) Carlos Farinha.
"Este ano de 2021 parece evidenciar a tendência de crescimento deste tipo de crime", afirmou, adiantando que já foram feitas "quase tantas detenções este ano como no ano todo de 2020".
Além de um aumento deste tipo de criminalidade, há, de acordo com Carlos Farinha, "um esforço de tentativa de dificultar o rastreamento dos dados de tráfego associados" a estes crimes.
Carlos Farinha defende, por isso, que é preciso "continuar a desenvolver ferramentas, no sistema legal, que permitam uma investigação unanimizada face ao aumento destas situações".
Por outro lado, o diretor nacional adjunto da PJ constata que, "talvez por via do confinamento, as crianças estão cada vez mais em frente aos ecrãs".
Na sequência do caso recente de um homem que utilizaria jogos online para aliciar menores e que acabou detido, na região de Lisboa, pela suspeita da prática de crimes de abusos sexuais de crianças e pornografia de menores, envolvendo vítimas com menos de 14 anos de idade, a Polícia Judiciária deixou um alerta aos pais sobre a atividade das crianças online.
"Os predadores aparecem nos jogos dissimulados. Tornam-se verdadeiros ídolos dos menores e assumem o seu domínio", explicou o responsável pela Unidade de Combate ao Cibercrime da Polícia Judiciária, Carlos Cabreiro. "Normalmente a troco de ofertas, de gratificações dentro do próprio jogo, os menores acabam por ceder à sua exposição sexual."
Apesar de a situação ser "transversal a uma quantidade enorme de jogos", o responsável destacou os principais.
"Fortnite, Roblox e Free Fire são três dos jogos que potenciam este tipo de atividade", sublinhou Carlos Cabreiro.
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