As longas filas de espera no centro de vacinação contra a Covid-19 em Monte Abraão, Sintra, levaram o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo a deslocar-se ao local. Este constrangimento no processo de vacinação é, aos olhos do responsável, "indesejável, não pode acontecer".
Em declarações aos jornalistas, o coordenador da Task Force para o plano de vacinação reconheceu que não é habitual deslocar-se a um centro "para resolver problemas pontuais". Porém, considerando que em Monte Abraão o problema parece manter-se, o responsável quer "avaliar" 'in loco' e "ajudar a resolver" os atrasos.
Advogou Gouveia e Melo que, a nível nacional, não há muitos centros com longas filhas, sendo que "este [Centro de Monte Abraão] é um caso específico que nos preocupa. Estamos cá para resolver precisamente isso".
Numa altura em que, em todo o país, se administram cerca de 100 mil vacinas por dia, é natural que "haja falhas pontuais". Nestes casos, advogou, torna-se imperioso "agir rapidamente".
O coordenador da Task Force vincou a importância do autoagendamento, reconhecendo, porém, que este sofre por vezes "problemas informáticos". Para as autoridades, "o autoagendamento é essencial porque já permitiu agendar mais de um milhão de pessoas". Este processo, feito manualmente, "seria um esforço gigantesco".
Inicialmente, o agendamento local "foi necessário" porque as faixas etárias às quais se dirigia eram compostas por pessoas "idosas e infoexcluídas". Agora, paulatinamente, esse método vai sendo substituído pelo autoagendamento, que é "mais rápido e mais automático", libertando "recursos humanos para vacinar".
Vale recordar que perto de quatro milhões de portugueses já receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19, o equivalente a 39% da população, e mais de 2,3 milhões têm a vacinação completa, anunciou ontem a Direção-Geral da Saúde (DGS).
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