Noah. PJ acredita que se tratou de um "desaparecimento espontâneo"
O diretor da Polícia Judiciária da Guarda não acredita que o caso tenha tido intervenção de terceiros.
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País Desaparecimento
A Polícia Judiciária (PJ) acredita que o desaparecimento do menino de dois anos em Proença-a-Velha foi "espontâneo", adiantou o coordenador daquela unidade policial, José Monteiro.
"Tem muita consistência a hipótese de se ter tratado de um desaparecimento espontâneo porque não foram, até ao momento, recolhidos quaisquer indícios da ocorrência de uma intervenção criminosa em todo este processo", explicou, em declarações esta noite na TVI24, adiantando que foi aberto um inquérito formal.
"Há factos que estão mais ou menos esclarecidos, mas importa ainda fechar convenientemente todo este processo", acrescentou o diretor da PJ da Guarda.
Questionado sobre se acredita que a criança tenha feito sozinha todo o percurso até ao local onde foi encontrada, José Monteiro diz que, neste momento, "não tem grandes dúvidas" de que se terá tratado de "uma ausência natural, sem a presença de terceiros", declarou.
O responsável explicou ainda que, apesar de a criança ter estado desaparecida durante quase dois dias, do ponto de vista da investigação, foi "uma situação relativamente curta".
O diretor da PJ adianta que, a par das buscas - que descreveu como uma "luta contra o tempo"-, decorreu, desde o início, um trabalho de investigação criminal "para esclarecimento dos factos" que, até agora, não apurou quaisquer responsabilidades da parte dos familiares.
"Para nós não foi detetado qualquer elemento que nos permita, sequer, verificar ali qualquer responsabilidade explícita pelo crime de abandono ou exposição", concluiu.
A criança terá desaparecido na quarta-feira da casa dos pais, na localidade de Proença-a-Velha, concelho de Idanha-a-Nova, e esteve sem ser encontrada durante mais de 30 horas.
Depois de uma operação de busca em larga escala, o menino foi encontrado hoje, pouco antes das 20h00, num "setor de busca que foi alargado", a quatro quilómetros de casa em linha reta, ainda na zona de Proença-a-Velha, mas muito próximo da povoação de Medelim.
As buscas foram iniciadas ainda na manhã de quarta-feira e os meios foram sendo reforçados, sendo que durante a tarde de hoje, chegaram a envolver centena e meia de elementos. O perímetro de ação também aumentou dos cinco para os 20 quilómetros, permitindo que a criança fosse encontrada.
Nas operações participaram militares da GNR, bombeiros, proteção civil municipal, sapadores florestais e voluntários, com apoio de equipas cinotécnicas, drones e mergulhadores, que vistoriaram poços e linhas de água. Dezenas de voluntários, muitos deles estrangeiros, também participaram nas buscas.
[Notícia atualizada às 23h38]
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