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Capacete atravessa Atlântico e dá à costa nos Açores. História é marcante

Equipamento de proteção apareceu no dia em que se comemora o Dia do Pai nos EUA e pertence ao progenitor de um jovem que se suicidou por incentivo da namorada e cuja história já deu origem até a documentários.

Capacete atravessa Atlântico e dá à costa nos Açores. História é marcante

Um homem do estado norte-americano de Massachusets, cujo capacete de trabalho caiu ao Oceano Atlântico, em 2014, recebeu a notícia, este domingo, de que o equipamento de proteção tinha dado à costa a mais de 2,4 mil milhas de distância, em Portugal, sete anos depois de o ter perdido.

O achado foi feito por Sandra Machado na manhã de domingo, na praia dos moinhos, em Porto Formoso, na ilha de São Miguel, nos Açores. Posteriormente, a açoriana partilhou imagens do capacete no Facebook, na esperança de encontrar o dono do mesmo.

“Conrad Roy Jr o teu capacete foi encontrado nos Açores!”, escreveu a jovem nas redes sociais na partilha das imagens onde se vê dois autocolantes no capacete: “Tucker-Roy Marine Towing and Salvage, Inc” e “Tow Boat EUA New Bedford”.

O que Sandra não imaginava é que a notícia chegasse tão depressa a Conrad e que tivesse tanto significado para o norte-americano.

"Parece um presente do Dia do Pai [que se comemora a 20 de junho, nos EUA], meu filho. Obrigado Coco, que saudades", descreveu o homem à TV WCVB, referindo-se ao filho, Conrad Roy III, que morreu em 2014 e cuja morte foi relatada por todo o mundo devido às circunstâncias trágicas. 

Na altura em que perdeu o capacete, em 2014, pai e filho trabalhavam juntos numa empresa de construção náutica em New Bedford. Para Conrad é por isso um "momento de felicidade" depois de anos de luto.

Tal como recorda a imprensa norte-americana, o filho de Conrad suicidou-se aos 18 anos. A namorada, Michelle Carter, de 17 anos, foi acusada de incentivá-lo depois de terem sido descobertas dezenas de mensagens, e-mails e chamadas telefónicas entre ambos a falar do assunto e a preparar o momento. O caso levantou, na altura, questões relativas à natureza e limites da responsabilidade criminal e foi debatido por todo o mundo.

Michelle acabou detida por homicídio involuntário, principalmente, devido à última chamada entre o casal, em que Conrad Roy III admitiu ter medo e a namorada encorajou-o a não voltar atrás na decisão.

Depois de cumprir cerca de um ano e meio de prisão, Michelle foi libertada.

Recentemente, a HBO lançou um documentário sobre o caso intitulado 'Amo-te, agora morre'.

Leia Também: Jovem encontra nos Açores garrafa atirada ao mar em 2018 nos EUA

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