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CHUC recolheu pela primeira vez órgãos de dador em paragem circulatória

Foi feita a colheita de dois rins.

CHUC recolheu pela primeira vez órgãos de dador em paragem circulatória
Notícias ao Minuto

17:59 - 13/07/21 por Notícias ao Minuto

País Doação de órgãos

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) realizou pela primeira vez, esta segunda-feira, dia 12 de julho, a colheita de órgãos de um dador em paragem circulatória.

Num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, a unidade hospitalar revela que foram assim recolhidos dois rins provenientes de um dador de órgãos. 

Esta foi a primeira colheita efetuada no CHUC nesta tipologia de dadores de órgãos. Contudo, as colheitas de órgãos em dadores em morte cerebral são uma prática corrente na unidade hospitalar sendo esta instituição, há vários anos consecutivos, líder nacional desta prática.

A doação de órgãos em paragem circulatória foi iniciada em Portugal no final de 2016, no Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto, com extensão do programa ao Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte e Lisboa Central em 2017. O CHUC integrou esta rede no início de 2020, contudo, devido à pandemia da Covid-19, houve atrasos e só agora a sua implementação foi possível.

Esta atividade assenta na interação de várias equipas sendo, segundo o CHUC, “imperiosamente um processo multidisciplinar”.

De acordo com o médico intensivista Eduardo Sousa, Coordenador Hospitalar de Doação do CHUC, há peças fundamentais na viabilização dos órgãos que têm de ser cumpridos, como é o caso da utilização de “equipamentos de oxigenação por circulação extracorporal, habitualmente utilizados no suporte de doentes que necessitam de ECMO”.

Ainda segundo o especialista, o CHUC “dispõe desta tecnologia há alguns anos e tem equipas organizadas para dar resposta às solicitações”, cujo pico se verificou durante a pandemia da Covid-19.

Perante a escassez de órgãos para transplante, face às necessidades, “o investimento neste tipo de doação de órgãos pode constituir um acréscimo de oferta e um contributo para que mais vidas possam ser salvas”, revela ainda Eduardo Sousa.

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