A defesa de Luís Filipe Vieira entregou, na quinta-feira, o requerimento para apresentar a caução de três milhões de euros, no âmbito da operação 'Cartão Vermelho'. O ex-presidente do clube quer pagar este montante com recurso a um imóvel e a ações do Benfica.
A notícia, sublinhe-se, foi avançada pela TSF, dando conta também que a caução será prestada através de penhor sobre bens mobiliários, no caso sobre ações de Vieira na SAD do Benfica e sobre um imóvel, com valor aproximado de 1,2 milhões de euros.
Agora, o Ministério Público (MP) terá de se pronunciar sobre a validade do requerimento apresentado pela defesa do antigo presidente do Benfica, antes de o juiz Carlos Alexandre decidir se a caução é aceite.
De recordar que Luís Filipe Vieira apresentou, na semana passada, a demissão do cargo de presidente da direção do Benfica, em carta enviada ao presidente da Mesa da Assembleia Geral do clube.
Luís Filipe Vieira foi um dos quatro detidos numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado, SAD do clube e Novo Banco.
Vieira, que está em prisão domiciliária até à prestação de uma caução de três milhões de euros, e proibido de sair do país, está indiciado por abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais, fraude fiscal e abuso de informação.
Segundo o Ministério Público, o empresário provocou prejuízos ao Novo Banco de, pelo menos, 45,6 milhões de euros, compensados pelo Fundo de Resolução.
No mesmo processo foram detidos, para primeiro interrogatório judicial, o seu filho Tiago Vieira, o agente de futebol e advogado Bruno Macedo e o empresário José António dos Santos, todos indiciados por burla, falsificação de documentos, branqueamento de capitais e fraude fiscal.
O antigo futebolista Rui Costa, vice-presidente na direção de Vieira, assumiu a liderança do clube e da SAD.
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