"O que se está a discutir não é um reforço generalizado da vacinação"
Vice-almirante Gouveia e Melo esclareceu que "o que se está a discutir neste momento não é um reforço generalizado da vacinação" contra a Covid-19 em Portugal, mas sim a administração da terceira dose em pessoas imunodeprimidas (com as defesas reduzidas). No entanto, frisou, o assunto ainda está a ser estudado pela Direção-Geral de Saúde, entidade que ainda não tomou nenhuma decisão. A avançar, a toma da 3.ª dose poderá ser feita nos centros de saúde.
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País Vacinação Covid-19
"Não há nenhuma decisão sobre a terceira dose da vacina. É um assunto que a DGS está a tratar. Não há sequer a certeza científica da sua necessidade", disse esta terça-feira o responsável pela task-force da vacinação contra a Covid-19, em declarações aos jornalistas, em São João da Madeira.
O responsável esclareceu que uma coisa é dar mais uma dose a quem é imunodeprimido ou quem está a fazer um tratamento específico que lhe reduz as defesas - casos muito pontuais, outra coisa é uma terceira dose generalizada.
"Neste momento, o que se está a discutir não é um reforço generalizado da vacinação", reforçou Gouveia e Melo, acrescentando que o foco deve ser terminar o plano de vacinação massiva e urgente que ainda decorre.
Questionado sobre a intenção de vários municípios de desativarem os centros de vacinação, o coordenador da task-force lembrou que, neste momento, "ainda temos muita gente para vacinar", apesar de o processo estar a "andar bem".
"Já estamos com 80% de primeiras doses, hoje devemos estar entre 72% e 73% de segundas doses. Temos que ficar no mínimo com 85%. Tenho a certeza absoluta que as autarquias não vão no fim da corrida desistir", afirmou, sublinhando que o planeamento são diversos caminhos e a corrida é o que for necessário até acabar o processo de vacinação.
A avançar, a terceira dose da vacinação, deverá cingir-se a cerca de 100 mil pessoas e poderá ser feita em centros de saúde, atirou o responsável, sem se comprometer com mais detalhes sobre um tema cuja decisão é da autoridade de saúde.
"Estaremos a falar de 100 mil pessoas [para a eventual terceira toma] e não há necessidade de ter toda esta capacidade [de estruturas municipais] para vacinar 100 mil pessoas. Isso pode perfeitamente ser feito nos centros de saúde, com a vacinação da gripe e outras coisas", defendeu.
Mas até lá, reforçou, "temos é de acabar este processo de emergência", sendo o objetivo atingir os 85% da população totalmente inoculada.
Estas declarações foram proferidas um dia depois de a modalidade Casa Aberta para os jovens com mais de 12 anos ter ficado disponível. Gouveia e Melo destacou que apenas num fim de semana, o último, se vacinou quase 50% dos jovens dos 12 aos 15 anos, facto assinalável tendo em conta o período de férias.
"A expectativa é de voltar a vacinar muitos jovens no próximo fim de semana com esta modalidade Casa Aberta e vacinando também durante as semanas", afirmou, acrescentando que o objetivo é "dar a oportunidade a todos os jovens e familiares que queiram ser vacinados para começar o ano letivo com menos preocupações e, de alguma forma, libertarmos a comunidade deste vírus".
"Quanto mais pessoas não vacinadas mais oportunidades o vírus tem. estamos todos a contribuir, nós com a organização e com o sistema, dando o máximo de liberdade e facilidades às pessoas para serem vacinadas", disse.
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