Urgências do hospital de Torres e das Caldas "muito congestionadas"
Centro Hospitalar apela aos doentes para recorrerem aos serviços de urgência apenas para situações "realmente urgentes".
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Os Serviços de Urgência do Hospital de Caldas da Rainha e do Hospital de Torres Vedras "têm estado muito congestionados nos últimos meses, devido à elevada afluência de doentes", faz saber o Centro Hospitalar do Oeste (CHO) este domingo, depois de já ontem ter adiantado ter sido autorizado a contratar enfermeiros para as urgências da unidade das Caldas.
No esclarecimento de hoje, o centro hospitalar explica que, desde junho, o movimento na Urgência Geral "tem sido idêntico ao registado no período pré-pandemia", agravado em 2021 "pela existência das Áreas de Atendimento Respiratório (ADR) para o COVID-19, que têm registado de igual modo elevada procura".
Apesar disso, "ao dia de hoje, os Serviços de Urgência mantêm-se em funcionamento, com a situação estabilizada, garantindo a prestação de cuidados à população da sua área de influência, apesar dos constrangimentos identificados", pode ler-se.
Face a esta situação de elevada afluência, "apela-se aos utentes que utilizem as urgências hospitalares apenas em situações realmente urgentes" e "recorda-se que, salvo situações emergentes, antes da vinda à urgência devem contatar a Linha SNS 24 – 808 24 24 24, que disponibiliza aconselhamento e encaminhamento em situação de doença".
O centro hospitalar salienta também que procedeu à contratação de vários enfermeiros e outros profissionais de saúde desde abril de 2020, para resposta às necessidades de atendimento decorrentes da pandemia e outras resultantes do aumento de atividades.
"Concretamente no que respeita aos Serviços de Urgência de Caldas da Rainha e de Torres Vedras, exercem funções mais 13 enfermeiros em cada serviço, comparativamente com o período pré-pandemia", esclarece-se. Para além disso, "estão a decorrer processos de autorização para a contratação de enfermeiros e de outros profissionais de saúde, como por exemplo de assistentes operacionais", conforme foi ontem anunciado.
O Centro Hospitalar defende que esta estratégia de dotação de recursos humanos adequados às necessidades, bem como as contratações entretanto ocorridas, "têm sido permanentes". Trata-se de uma estratégia que "não decorre" das ações de protesto verificadas nos últimos dias, é frisado.
Todavia, salienta ainda o Centro Hospitalar do Oeste, "apesar do esforço para contratação de enfermeiros, nem sempre os processos de contratação foram preenchidos em pleno por falta de candidatos ou por desistência dos mesmos no momento da celebração do contrato".
A falta de enfermeiros no Serviço de Urgência foi denunciada na quinta-feira por cerca de duas dezenas de profissionais que recusaram aceitar a passagem de turno e se concentraram em frente ao Hospital das Caldas da Rainha em protesto pela escassez de meios no serviço que se encontra sobrelotado.
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