Segundo adiantou à agência Lusa fonte do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (Site-Norte), a segunda sessão do julgamento terá início às 09:00, no Palácio da Justiça de Matosinhos.
Na primeira sessão, que decorreu em 23 de setembro, alguns (não foi precisado quantos) dos 16 trabalhadores que contestavam o despedimento coletivo chegaram a acordo com a empresa, que atua nos setores da energia, engenharia e mobilidade.
Contudo, houve um grupo de funcionários que não aceitou as condições propostas pela Efacec, continuando a reclamar a reintegração na empresa, tendo ficado marcada para 13 de outubro uma nova sessão do julgamento que, contudo, acabou por ser adiada.
A Lusa tentou ouvir a administração da Efacec, o que não foi possível até ao momento.
Em causa está um despedimento coletivo de 21 trabalhadores efetuado pela Efacec em agosto de 2018 e que foi contestado judicialmente por 16 dos visados.
Segundo o Site-Norte, o despedimento visou trabalhadores "com dezenas de anos de antiguidade, numa altura em que a administração da empresa dizia que estava a crescer", considerando o sindicato que se tratou de um "despedimento apoiado em motivos falsos, inexistentes, fúteis, desprovidos de qualquer nexo causal, e que, de certa forma, tem na sua génese motivações políticas".
"Por isso, os trabalhadores recorreram ao tribunal, no sentido de verem repostos os seus direitos, pedindo que condene a Efacec a reintegrá-los na empresa, no seu posto de trabalho", refere.
Para o sindicato, "na altura crucial que a Efacec atravessa, é absolutamente fundamental que conte com a experiência e 'know-how' dos seus quadros intermédios, que estão disponíveis para prestar o seu trabalho e ajudar a Efacec a continuar a crescer".
O Governo pretende que o processo de reprivatização dos 71,73% do capital social da Efacec atualmente nas mãos do Estado esteja concluído até ao final do ano, sendo que o grupo português DST SGPS foi o único a apresentar uma proposta final de compra, segundo anunciou recentemente a Parpública.
A entrada do Estado na Efacec decorreu da saída de Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos, da esfera acionista, na sequência do envolvimento no caso 'Luanda Leaks', no qual o Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação revelou mais de 715 mil ficheiros que detalham alegados esquemas financeiros da empresária.
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