A atividade epidémica de SARS-CoV-2 tem uma "intensidade elevada, com tendência fortemente crescente a nível nacional". Os dados constam no relatório das 'Linhas Vermelhas', divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), esta sexta-feira.
Já "a pressão nos serviços de saúde e o impacto na mortalidade são elevados, e com tendência crescente, revelando assimetrias regionais".
"A emergência de uma nova variante de preocupação (Ómicron) e o aproximar da época festiva suporta a necessidade de reforçar a vigilância epidemiológica, virológica e do controlo de fronteiras em Portugal, até serem conhecidas mais informações", destaca-se ainda no documento.
Em pormenor, a DGS e o INSA apontam que "o número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2, por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 466 casos", com "tendência fortemente crescente a nível nacional". No grupo etário com idade igual ou superior a 65 anos, "o número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2, por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 262 casos, com tendência estável a nível nacional."
Quanto ao Rt, este apresenta um "valor igual ou superior a 1", indicando "uma tendência crescente da incidência de infeções por SARS-CoV-2 a nível nacional (1,11) e em todas as regiões, à exceção da região Alentejo". "A manter esta taxa de crescimento, a nível nacional, estima-se que o limiar de 480 casos em 14 dias por 100 mil habitantes possa ser ultrapassado nos próximos dias (menos de sete dias)", vinca-se.
O número de casos internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente revelou "uma tendência crescente, correspondendo a 56% (na semana anterior foi de 50%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas".
A mortalidade por Covid-19 apresenta uma "tendência crescente", tendo aumentado 28% em relação à semana anterior. "A 1 de dezembro de 2021, a mortalidade específica por Covid-19 registou um valor de 21,8 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes, o que corresponde a um aumento de 28% relativamente à semana anterior", precisa o documento. Esta taxa de mortalidade revela "um impacto elevado da pandemia na mortalidade".
E sobre as variantes?
A variante Delta (B.1.617.2) é a "dominante em todas as regiões", destaca o relatório, "com uma frequência relativa de aproximadamente 100% (em atualização) dos casos avaliados na semana 47/2021 (22 a 28 de novembro) em Portugal".
A variante Ómicron está ainda "em evolução e investigação", sendo que estão já "identificados um total de 49 casos associados" a esta. O valor "inclui os casos com sequenciação do genoma viral, bem como os casos nos quais foram identificadas mutações específicas fortemente preditores da variante Ómicron".
[Notícia atualizada às 22h24]
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