No segundo ano de pandemia, o país fechou e reabriu após vacinação
O ano de 2021 foi novamente marcado pela pandemia de covid-19, que obrigou a mais um confinamento geral, sucedendo-se uma abertura a "conta-gotas" até um regresso quase à normalidade após a meta de 85% da população vacinada.
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País Revisão do ano
O ano começou com aumento de infeções e em janeiro foi atingido o maior número de mortos de covid-19 e casos diários, o que levou a um confinamento geral a partir do dia 15, mantendo-se o estado de emergência que vigorava desde novembro de 2020.
Obrigatoriedade do teletrabalho, proibição de circulação entre concelhos ao fim de semana e encerramento do ensino presencial, de cafés, restaurantes e dos estabelecimentos de bens não essenciais, bem como a proibição de ajuntamentos nas ruas e o dever de recolhimento domiciliário foram algumas das medidas restritivas que vigoraram nos primeiros meses do ano.
Pela segunda vez desde o início da pandemia, em março de 2020, as fronteiras terrestres com Espanha foram fechadas e, entre 31 de janeiro e 30 de abril, apenas foi permitida a passagem, em 18 pontos autorizados, ao transporte internacional de mercadorias, trabalhadores transfronteiriços, veículos de emergência e socorro.
O país manteve-se em confinamento geral até à Páscoa, mas a 15 de março começou uma abertura a "conta-gotas" com um plano dividido em quatro etapas até 03 de maio, altura em que o país saiu do estado de emergência e entrou em situação de calamidade, nível de resposta a situações de catástrofe mais alto previsto na Lei de Base da Proteção Civil, acima dos níveis de alerta e de contingência.
Reabertura de escolas por níveis de ensino, cabeleiros, cafés e restaurantes, mas com limitação na lotação, ginásios, museus, teatros e centros comerciais, bem com o regresso dos casamentos, batizados e eventos. Foi assim, lentamente, que o país foi desconfinando, mas não totalmente.
Ao fim de 173 dias consecutivos em estado de emergência, Portugal regressou à situação de calamidade e manteve-se neste nível de alerta até 30 de setembro.
Em junho houve uma nova reabertura, mas como o país não estava todo ao mesmo ritmo em número de casos foram aplicadas restrições nos concelhos de maior risco, como na Área Metropolitana de Lisboa, onde foram proibidas as entradas e saídas ao fim de semana, e em 45 concelhos no nível de risco elevado ou muito elevado de incidência, onde foi limitada a circulação na via pública durante a madrugada.
Com a vacinação contra a covid-19 a avançar em todo o país deixou de haver restrições em função da situação de cada concelho, passando a existir um plano nacional.
Em julho entrou em vigor o certificado digital da União Europeia para comprovar que os seus portadores estavam vacinados contra o vírus SARS-CoV2, que fizeram um teste com resultado negativo ou que já recuperaram da infeção. Em Portugal este documento permitia o acesso a eventos culturais, desportivos e familiares.
A acompanhar o ritmo da vacinação, o país assistiu, entre agosto e outubro, a um levantamento gradual das restrições e a uma libertação da sociedade e da economia.
Em setembro deixou de ser obrigatório o uso de máscara na rua, 318 dias depois, passando a ser facultativo e recomendado em algumas situações, como os aglomerados de pessoas.
Com cerca de 85% da população vacinada em outubro, o país desceu para a situação de alerta e entrou em vigor a última fase do plano de levantamento das medidas impostas para a controlar a pandemia, deixando as lojas e restaurantes de estar sujeitas a restrições de horários e de limitação de clientes e foram reabertos os bares e discotecas, que estavam encerrados desde março de 2020.
O número de casos de covid-19 voltou, no entanto, a aumentar e, para responder ao agravamento da pandemia, entraram em vigor, a 01 de dezembro, novas regras, como o reforço da utilização de máscara, da testagem e do certificado digital, bem como um controlo mais apertado nas entradas em Portugal pelas fronteiras aéreas, marítimas e terrestres.
Portugal termina 2021 num regresso à situação de calamidade.
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