João Rendeiro fez uma breve declaração aos jornalistas, esta terça-feira, depois de ter permanecido sempre em silêncio, no tribunal de Verulam: "Não vou regressar a Portugal". O momento foi transmitido pela antena da CNN, na altura em que o ex-banqueiro abandonava a sala de audiência.
A audição do ex-banqueiro foi hoje adiada para quinta-feira depois da defesa ter pedido mais tempo para apresentar o requerimento de libertação sob fiança, decidiu o juiz.
O tribunal sul-africano ainda no início da tarde que Rendeiro não vai ser transferido de prisão, negando assim o pedido da defesa.
A equipa de defesa do antigo presidente do extinto BPP tinha pedido a transferência para outra prisão, depois de o ex-banqueiro ter recebido ameaças de morte.
Este é o segundo dia em que João Rendeiro está na sala de tribunal, depois de na primeira presença perante juiz, na segunda-feira, para legalizar a prisão preventiva, a defesa ter pedido liberdade sob fiança.
Esta terça-feira, a equipa de defesa divulgou que vai pedir a transferência para outra prisão, depois de o ex-banqueiro ter recebido ameaças de morte de outros reclusos.
"Como resultado das notícias" nos órgãos de informação, "ele [João Rendeiro] está a receber ameaças de morte", referiu a advogada June Marks, explicando que "os outros prisioneiros ouvem as notícias na rádio".
O ex-presidente do Banco Privado Português (BPP) foi preso no sábado, num hotel em Durban, na província sul-africana do KwaZulu-Natal, numa operação que resultou da cooperação entre as polícias portuguesa, angolana e sul-africana.
João Rendeiro estava fugido à justiça há três meses e as autoridades portuguesas reclamam agora a sua extradição para cumprir pena em Portugal, relativamente a três processos distintos relacionados com o colapso do BPP.
[Notícia atualizada às 12h38]
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