O juiz Carlos Alexandre decidiu, esta quarta-feira, como medida de coação, que o ex-ministro Manuel Pinho ficará em prisão domiciliária até pagar uma caução de seis milhões de euros, avança a CNN Portugal.
De acordo com o canal, esta é a maior caução alguma vez aplicada em Portugal.
Alexandra Pinho também terá de pagar uma caução de um milhão de euros.
O Ministério Público, que tinha pedido a aplicação da medida de coação de prisão preventiva para o antigo ministro e a retirada do passaporte à mulher, entende que há perigo de fuga do casal uma vez que este viaja frequentemente e tem residência fixa em Espanha. Além disso, também os filhos de Manuel e Alexandra Pinho vivem no estrangeiro.
À chegada ao Campus de Justiça, a defesa do antigo ministro já tinha admitido estar preparado para o caso do pedido da aplicação da medida de coação mais gravosa. "Uma das hipóteses em cima da mesa é a aplicação da medida de coação de prisão preventiva. Como é evidente, de uma forma responsável, tenho de estar preparado para todos os cenários possíveis", afirmava aos jornalistas Ricardo Sá Fernandes. "Espero que não aconteça."
O ex-governante, recorde-se, foi detido esta terça-feira quando compareceu no tribunal, no âmbito do caso EDP. Uma decisão que o advogado, Ricardo Sá Fernandes, considerou ser um caso de "abuso de poder" e de atropelo dos direitos humanos.
Manuel Pinho foi constituído arguido no âmbito do caso EDP no verão de 2017, por suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais, num processo relacionado com dinheiros provenientes do Grupo Espírito Santo.
[Notícia atualizada às 17h12]
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