Três militares que agrediram imigrantes reincidentes. GNR reportou ao MP

Agentes filmaram-se a agredir e humilhar imigrantes em Odemira.

Notícia

© Facebook/GNR - Guarda Nacional Republicana

Notícias ao Minuto
16/12/2021 20:07 ‧ 16/12/2021 por Notícias ao Minuto

País

GNR

Sete militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) agrediram e humilharam imigrantes em Odemira - filmando-se enquanto o faziam. Estas agressões foram reportadas pela GNR ao Ministério Público (MP), no seguimento de dois processos, um inicial em 2018 e um segundo em 2019.

"No âmbito das suas competências, a Guarda quando tomou conhecimento dos factos, prontamente reportou-os ao Ministério Público, através de auto de notícia", indicou a GNR, esta quinta-feira, num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso. 

Relativamente a esta situação, "existe um processo inicial que data de 2018 e que é denunciado pela própria Guarda", aponta a mesma nota, que esclarece ainda que "os factos dizem respeito a cinco militares do Destacamento Territorial de Odemira, envolvidos em agressões a indivíduos indostânicos". 

Após o reporte ao MP, adianta ainda a GNR, "foi instaurado processo de inquérito, por parte da Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI), no sentido de apurar as circunstâncias e a conduta dos militares da Guarda e aplicação de medidas sancionatórias".

Este é o primeiro caso, do qual se levou a um segundo, explica a autoridade: "Durante as diligências de investigação do primeiro processo, foram apurados factos que consubstanciam a existência de outros crimes, pelo que foi extraída certidão pelo Ministério Público, que deu origem a um novo processo crime e a um outro Processo de inquérito por parte da IGAI."

Este segundo caso é o avançado, esta quinta-feira, pela CNN Portugal que dá conta então dos sete militares envolvidos em violência contra imigrantes em Odemira. Três são reincidentes, salienta o comunicado, estando dois "a cumprir pena de suspensão decretada por S. Ex.ª o MAI".

"Os restantes cinco militares aguardam medidas sancionatórias, que são da responsabilidade de atribuição pela IGAI, entidade que tutela o processo de inquérito que ainda decorre", dá conta o esclarecimento da GNR. De acordo com a mesma estação, os agentes são acusados de 33 crimes. 

A procuradora do Ministério Público determina que na origem das motivações estava "ódio claramente dirigido às nacionalidades que tinham e apenas por tal facto e por saberem que, por tal circunstância, eram alvos fáceis".

Sete vídeos apanhados em telemóveis dos militares

Este novo escândalo nas forças de segurança portuguesas conta com imagens, apanhadas nos telemóveis dos militares, que mostram os acusados a torturar por diversão. As imagens provêm dos telemóveis apreendidos pela Polícia Judiciária (PJ) em 2019 a cinco militares do posto da GNR de Vila Nova de Milfontes, em Odemira. 

Esta apreensão deveu-se ao facto de os indivíduos serem suspeitos de maus-tratos a imigrantes, no entanto, a PJ, refere o canal, não esperava encontrar imagens tão violentas. São "sete vídeos - com imagens filmadas por diversão pelo próprio militar - de sequestro, torturas, humilhações, violência e insultos racistas a vários trabalhadores agrícolas daquela região", dá conta a estação televisiva.

[Notícia atualizada às 20h17]

Leia Também: Atira droga para o chão durante operação Stop, foge, mas acaba detido

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas