Vacinação de crianças pode mudar protocolos de prevenção nas escolas

O ministro da Educação disse hoje que a vacinação das crianças entre os 5 e os 11 anos, que se inicia no sábado, pode levar as autoridades de saúde a mudar os protocolos de prevenção da covid-19 nas escolas.

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Lusa
17/12/2021 12:58 ‧ 17/12/2021 por Lusa

País

Tiago Brandão Rodrigues

"Temos durante os meses de dezembro e janeiro a primeira dose para as crianças entre os 5 e os 11 anos. Acreditamos que as autoridades de saúde, a partir do momento que as crianças destas idades estejam vacinadas mudarão o protocolo. A partir do momento em que exista um caso positivo numa determinada sala ou turma não terão todas de ter o isolamento profilático a que agora assistimos e que, sabemos que não é positivo", afirmou Tiago Brandão Rodrigues.

O ministro da Educação, que falava aos jornalistas no final de uma visita à Escola Profissional e Artística do Alto Minho, onde funciona também a Academia de Música de Viana do Castelo, adiantou que com a vacinação das crianças do primeiro e segundo ciclos o protocolo de contenção da propagação da doença causada pelo vírus SARS-CoV-2 poderá ser o mesmo o que é aplicado pelo "resto da sociedade, nomeadamente, das crianças e jovens do terceiro ciclo e do ensino secundário.

Nesses últimos ciclos, disse "a partir do momento em que os alunos são testados e dão negativo podem voltar, automaticamente, à escola".

Questionado sobre as expectativas do início da vacinação, no sábado, das crianças entre os 5 e os 11 anos, Tiago Brandão Rodrigues referiu estar "otimista".

"Todos temos de estar otimistas (...). A vacinação deste grupo etário, é uma estratégia segura. Agora temos de confiar e deixar ao livre-arbítrio das famílias para que elas possam tomar essa opção", referiu.

Tiago Brandão Rodrigues adiantou que, neste ano letivo, a partir do momento, em que foram vacinados os professores, os não docentes e, também os alunos, dos 12 até aos 18 anos, houve menos casos nas escolas, na sociedade e, acima de tudo, muito menos complicações clínicas quando comparadas com o ano anterior".

"A vacinação tem sido a grande arma. Se é verdade que, em determinado momento, o isolamento pessoal ou familiar, foi a estratégia possível para conter o vírus, agora é importante fazer a vacinação por ser a principal estratégia para não termos de ficar, outra vez, contidos como sociedade", observou.

Segundo o governante, "há três dias, 30 mil famílias tinham inscrito os seus filhos de 10 e 11 anos, e nos últimos dias mais pessoas se inscreveram na plataforma da Direção-Geral da Saúde (DGS)".

O ministro da Educação recordou que a alteração no calendário escolar, adiando a reabertura do início do segundo período para o dia 10 de janeiro, vai ser recompensada com a redução de dias nas interrupções letivas do Carnaval e da Páscoa.

Nas escolas o que vamos fazer é interromper as atividades letivas na semana entre 02 e 09 de janeiro, mas esses cinco dias letivos vão ser depois compensados nas férias de Carnaval e da Páscoa.

A covid-19 provocou pelo menos 5.328.762 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.717 pessoas e foram contabilizados 1.211.130 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como "preocupante" pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 77 países de todos os continentes, incluindo Portugal.

Leia Também: Falta de docentes marca debate com ministro da Educação

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