"Nego ter recebido um euro que seja do BES que não fosse devido"
Em declarações feitas ao jornal Expresso, no âmbito do caso EDP, o antigo ministro da Economia nega ter recebido dinheiro do Grupo Espírito Santo de forma indevida.
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País Manuel Pinho
O antigo ministro da Economia, Manuel Pinho, deu a primeira entrevista depois de ter sido detido por suspeitas de corrupção e depois de lhe ter sido exigida pelo juiz Carlos Alexandre uma caução de seis milhões de euros,
Em declarações dadas ao jornal Expresso, no âmbito do caso EDP, Manuel Pinho negou ter recebido dinheiro do Grupo Espírito Santo de forma indevida.
"Nego ter recebido um euro que seja do BES/GES que não fosse devido e digo o mesmo que digo aos procuradores ‘vamos ter calma, se querem acusar acusam e, na altura, dá-se a resposta certa’", sublinha o antigo governante.
Manuel Pinho afirmou ainda que, para si, "seria totalmente insuportável" que um dia fosse provado que favoreceu "a EDP, o BES ou seja quem for".
O antigo governante Manuel Pinho tentou desmontar a acusação do Ministério Público apontando o que considerou serem falsidades e incorreções e critica ainda uma justiça "totoloto".
Manuel Pinho não deu, no entanto, explicações para o dinheiro que recebeu do grupo de Ricardo Salgado enquanto era ministro, atirando essas mesmas respostas para "o momento certo".
As declarações foram feitas a partir da nova morada em Albufeira, onde se encontra em prisão domiciliária desde quinta-feira.
Recorde-se que Manuel Pinho deverá permanecer em prisão domiciliária uma vez que, indicou o advogado Ricardo Sá Fernandes após a decisão do juiz Carlos Alexandre, este não possui meios financeiros para pagar os seis milhões de caução.
O processo em que Manuel Pinho está envolvido está sob investigação há 10 anos por suspeitas de corrupção que envolvem a EDP e o Grupo Espírito Santo. No entanto, ainda não há acusações feitas, facto criticado tanto por Manuel Pinho como pelo seu advogado.
Ricardo Sá Fernandes critica ainda a decisão, que sublinha que irá recorrer da mesma, pela justificação de haver "perigo de fuga". A defesa de Pinho rejeita que essa justificação seja válida visto que o seu constituinte sempre cumpriu o que lhe foi pedido embora o processo já dure há 10 anos.
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