Odemira. MAI instaura processo disciplinar a sete militares da GNR
Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) tinha indicado hoje que abriu sete processos disciplinares aos militares da GNR suspeitos de agredir e sequestrar imigrantes em Odemira, após o novo inquérito judicial.
© Global Imagens/Gerardo Santos
País Odemira
A proposta da IGAI de instauração de processo disciplinar relativamente a sete guardas da GNR investigados por agressões e tortura a imigrantes de Odemira foi presente à Ministra da Administração Interna "que determinou a imediata instauração de processo disciplinar aos guardas visados", avança esta sexta-feira comunicado.
De acordo com a nota enviada pelo Ministério da Administração Interna, em fevereiro de 2021, a IGAI foi informada pela Direção de Justiça e Disciplina da Guarda Nacional Republicana (GNR) "da constituição como arguidos de um grupo de militares da GNR por factos praticados no exercício de funções".
Essa informação "deu origem à instalação de um inquérito pela IGAI", um processo que foi concluído hoje e, como já avançado pelo Notícias ao Minuto, resultou em processos disciplinares para os militares da GNR em causa.
A IGAI propôs ainda, ao Ministério da Administração Interna, "a abertura de inquérito para apuramento de eventuais responsabilidades do então Comandante do Posto respetivo". A atual ministra da Administração Interna, Francisca Van Dunem, aprovou essa mesma proposta tendo sido instaurado o inquérito para apurar responsabilidades disciplinares.
Foi ainda pedido por Francisca Van Dunem que a IGAI "acelerasse a implementação do Plano de Prevenção de Manifestações de Discriminação nas Forças e Serviços de Segurança, aprovado no passado mês de março, e que apresentasse uma nota preliminar sobre a respetiva execução", detalha a nota à comunicação social.
Recorde-se que, dos sete militares visados, três militares são reincidentes e já tinham sido condenados a penas suspensas por agressões a imigrantes em 2018.
Os sete militares são acusados de 33 crimes por alegadamente humilharem e torturarem imigrantes em Odemira.
A investigação teve origem em 2019, quando a Polícia Judiciária apreendeu os telemóveis de cinco militares suspeitos de maus-tratos a imigrantes em Odemira, tendo encontrado vídeos e imagens que deram origem a este novo processo.
[Notícia atualizada às 20h34]
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