Ómicron. "Os portugueses têm de perceber que não há nenhum alarme"

Ex-diretor-geral da saúde, Francisco George, defende que é preciso olhar para os internamentos e que esses são os dados que nos dão uma visão geral da situação.

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© Blas Manuel

Notícias ao Minuto
29/12/2021 23:51 ‧ 29/12/2021 por Notícias ao Minuto

País

Covid-19

O ex-diretor-geral da saúde, Francisco George, defendeu esta quarta-feira na CNN Portugal que os números da Covid-19 têm sido interpretados de forma errada. De acordo com Francisco George, apesar do aumento da atividade viral, que se reflete no aumento de casos Covid-19, os internamentos têm estabilizado e até diminuído.

"Os portugueses têm de perceber que não há nenhum alarme", sublinha indicando que neste momento há que analisar que a maioria das infeções não se traduz na necessidade de cuidados médicos especializados podendo, por isso, tratar-se por si só, com o passar dos dias, ou, em necessidade, no centro de saúde com o médico de família. 

O ex-diretor da saúde afirma que "só deve ir ao hospital quem tem sintomas" e que "dentro de cinco dias poderemos ter uma leitura mais correta". 

"Estamos a observar um fenómeno natural", afirma Francisco George que defende que a elevada positividade se deve aos recordes de testes que se têm feito, mas que isso não tem levado a um aumento nos internamentos ou casos de doença grave. 

Também Pedro Simas, virologista, vai de acordo com a visão de que a Ómicron é a versão endémica do vírus e nega a necessidade de tantos testes. O virologista considera ainda que agora é a altura certa, devido à elevada taxa de vacinação que o país tem, para deixarmos o vírus disseminar-se. 

Leia Também: Será a Ómicron o "fim da pandemia"? Há médicos que dizem que sim

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