Numa análise à situação atual da pandemia em Portugal, que hoje superou pela primeira vez os 30 mil casos de infeção, o Presidente da República lembrou que, há um ano, "o número de casos era muito inferior ao que é hoje”, mas que há agora "uma diferença importante".
"Há uma diferença importante entre esta ano e o ano anterior, que as pessoas já perceberam. Há uma multiplicação de contágios, a variante [Ómicron] contagia muito, há uma multiplicação porque há um grau de abertura [da sociedade], com o futebol, com os espetáculos, as pessoas trabalham e circulam, e isso naturalmente é diferente de uma situação de confinamento", afirmou o chefe de Estado em declarações aos jornalistas.
Marcelo demonstrou, recorrendo aos dados de hoje, que o aumento de infeções pelo SARS-CoV-2 agora "não é acompanhado pelo número de internados, que é um terço de há um ano, e o de cuidados intensivos é um quarto", assim como o número de mortes, que no início de 2021 "foi galopando".
Apesar de a situação ser diferente, o Presidente frisou que “devemos ter naturalmente as precauções e o bom senso impostos pelas circunstâncias" com as quais "nos habituámos, aos poucos, a viver"
“Estamos a passar à endemia. A pandemia está ainda aí, mas já passamos à endemia para não parar a vida e o dia a dia”, disse o chefe de Estado.
No último dia do ano, o Presidente da República fez um balanço de mais um ano que em Portugal e em todo o mundo foi maioritariamente dominado pela pandemia, com avanços e recuos.
Já sobre desejos para o futuro e para o ano que começa no sábado, o chefe de Estado preferiu deixá-los para a habitual mensagem de Ano Novo.
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