A mesma fonte indicou à agência Lusa que o desaparecimento do homem, que reside em Alvito, foi dado pela sua mulher, cerca das 14:30 de hoje, no posto da GNR, em Alvito, no distrito de Beja.
Segundo a fonte da Guarda, o homem falou em casa de uma possível deslocação na sua viatura ao Fundão, no distrito de Castelo Branco, onde "tem ligações", não se sabendo até cerca das 22:45 do seu paradeiro, não tendo sido igualmente localizado o veículo.
As buscas, envolvendo a GNR e bombeiros da corporação de Alvito, estão a decorrer no concelho de Alvito e em vários locais, nomeadamente nas zonas de Beja, Cuba, Ferreira do Alentejo e no Fundão, acrescentou a fonte da Guarda Nacional Republicana (GNR).
Uma patrulha do destacamento de trânsito da GNR está também a efetuar o trajeto entre Alvito e o Fundão, no sentido de localizar o homem e a viatura, adiantou a fonte da Guarda.
Segundo aquela força de segurança, os comandos territoriais da GNR, entre Beja e o Fundão, estão informados da ocorrência.
Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja indicou à Lusa que o alerta desta ocorrência foi dado aos bombeiros de Alvito, às 16:56, mas "só saíram para o terreno às 20:00".
Além da GNR, estão envolvidos nas buscas cinco bombeiros, apoiados por duas viaturas da corporação de Alvito, de acordo com o CDOS.
Em 1961, Camilo Mortágua participou, juntamente com Amândio Silva, Fernando Vasconcelos, João Martins, Maria Helena Vidal e Hermínio da Palma Inácio, no assalto ao 'cockpit' de um avião da TAP que cumpria a rota entre Casablanca, em Marrocos, e Lisboa, logrando a distribuição de milhares de panfletos contra o regime fascista de Salazar, enquanto o aparelho sobrevoava a capital e outros pontos do país.
Também em 1961, integrou a "Operação Dulcineia", que culminou no desvio do paquete português "Santa Maria", com 600 passageiros e 350 tripulantes, no mar das Caraíbas.
Em 1967, Camilo Mortágua, na altura com 34 anos, participou no assalto ao Banco de Portugal na Figueira da Foz, para financiar ações contra a ditadura.
Camilo Mortágua foi agraciado em 2005 pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio, com a Ordem da Liberdade, que distingue serviços relevantes prestados em defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação do Homem e à causa da liberdade.
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