Parlamento da Madeira faz minuto de silêncio pela morte de Lourdes Castro

A Assembleia Legislativa da Madeira fez hoje um minuto de silêncio pela morte da artista plástica madeirense Lourdes Castro, debatendo três votos de pesar por esta "figura incontornável" da cultura regional, nacional e internacional.

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Lusa
12/01/2022 11:41 ‧ 12/01/2022 por Lusa

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Lourdes Castro

A Assembleia Legislativa da Madeira fez hoje um minuto de silêncio pela morte da artista plástica madeirense Lourdes Castro, debatendo três votos de pesar por esta "figura incontornável" da cultura regional, nacional e internacional.

Os votos de pesar apresentados pelas bancadas do PSD, PS e JPP merecerem o apoio de todos os deputados e vão ser votados no plenário de quinta-feira do parlamento madeirense.

A artista plástica madeirense Lourdes Castro morreu no sábado, aos 91 anos, no Funchal.

"Lourdes Castro não morreu, partiu apenas", afirmou o deputado social-democrata Adolfo Brazão, acrescentando que esta "deixa um rasto de admiração", prestando homenagem "a uma figura incontornável da cultura".

Por seu turno, a deputada socialista Elisa Seixas falou do percurso da artista, afirmando: "Lourdes Castro é nossa".

Rafael Nunes, do JPP, falou da artista como "uma das mais distintas portuguesas", a qual "deixou a 08 de janeiro em luto todo o país", vincando que "as sombras fazem parte da magia da sua obra".

Também a deputada do CDS-PP Ana Cristina Monteiro destacou que Lourdes Castro "deixa uma marca inconfundível" e a sua morte "é uma perda para a Madeira e o país".

O deputado único do PCP Ricardo Lume considerou que "a cultura madeirense, nacional e internacional estão de luto com a partida de uma das maiores artistas plásticas a nível europeu".

"Marcou decididamente as artes plásticas e a sua morte é uma perda cultural incomparável", enfatizou.

Lourdes Castro nasceu a 09 de dezembro de 1930, no Funchal, Madeira, onde se fixou em permanência em 1983, depois de ter vivido em Lisboa, onde se formou em Pintura (1956), em Munique e Paris.

Na capital francesa, fundou a revista KWY (1958-1963), com René Bertholo, que congregou os artistas Jan Voss, Christo Javacheff, Costa Pinheiro, Gonçalo Duarte, José Escada e João Vieira.

Está representada em coleções nacionais e estrangeiras, públicas e privadas, destacando-se as do Victoria and Albert Museum, em Londres, do Museu de Arte Contemporânea de Belgrado, da Fundação de Serralves e da Fundação Gulbenkian, que fizeram retrospetivas da sua obra, e a Coleção de Arte Contemporânea do Estado.

Em 2020, o Ministério da Cultura atribuiu-lhe a Medalha de Mérito Cultural.

Em junho passado, foi condecorada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com a Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.

Leia Também: Cerimónia dos Óscares volta a ter apresentador três anos depois

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